Turismo comunitário vai beneficiar assentamento de Itacaré

O Assentamento Pancada Grande, localizado na Área de Preservação Ambiental (Apa) Itacaré/Serra Grande, no Território de Identidade Litoral Sul, reúne um inestimável patrimônio natural, composto por uma extensa área de Mata Atlântica – ainda preservada-, pelos rios de Conta e Pinheiros, por belas cachoeiras e quedas d`água e por uma das mais ricas biodiversidades do planeta.

Por causa dessas riquezas naturais e localização privilegiada, uma equipe técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), que presta serviços de assessoria técnica, social e ambiental, no PA Pancada Grande, ao identificar o potencial turístico do local, começou a elaborar, desde o ano passado, um Projeto de Turismo Comunitário Sustentável, como forma de preservação da área e de geração de emprego e renda para a comunidade assentada.

A idéia surgiu durante o Diagnóstico Rural Participativo (DRP) – metodologia utilizada para conhecer a realidade de um local/comunidade -, e já está sendo executada, a partir da elaboração de um projeto, pela equipe do Escritório Local de Ilhéus, da Gerência Regional de Itabuna. “Esse projeto visa contribuir com a diversificação de atividades de trabalho e renda, principalmente para os jovens e mulheres assentados, que representam uma parcela significativa entre os 200 agricultores que vivem do local”, informou a socióloga Aparecida Oliveira, que faz parte da equipe, junto com os técnicos agrícolas Celso da Silva e Gabriel Chaves.

Na fase inicial, de implantação, o projeto, realizado pela EBDA, apresenta algumas opções de laser, que serão oferecidas aos visitantes e que gerarão renda para as 48 famílias que vivem no assentamento e serão engajadas nos trabalhos. Passeios guiados pelas trilhas, para apreciação da fauna e flora, pratos da culinária local – que farão parte de um pacote para visitação diária dos turistas -, visita às cachoeiras, hospedagem na casa dos assentados, área de camping, comercialização de artesanatos confeccionados pelos próprios assentados, serão atrativos oferecidos aos visitantes.

Segundo Aparecida Oliveira, para garantir os serviços de limpeza, manutenção e segurança do local, está prevista a cobrança de tarifas, com valores ainda a serem definidos.

Parcerias

Entre outras iniciativas para a implantação do projeto, a EBDA, juntamente com a Associação dos Moradores do PA Pancada Grande vem buscando o apoio de outros órgãos/entidades públicos e privados que, juntando esforços, contribuam para a efetivação do projeto. Exemplo disso é a parceria já firmada com a Associação Rosa dos Ventos, de Itacaré, que está capacitando o grupo de mulheres do assentamento para a produção de doces e geléias com frutas nativas.

Outra parceria destacada, com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IF Baiano, de Uruçuca, começou a semana passada, a partir de uma reunião com profissionais do Departamento de Turismo, do Instituto. O grupo, na reunião, já definiu um plano de trabalho com o objetivo de viabilizar o início do projeto, ainda para o próximo verão. “Este trabalho, de base comunitária, é bastante promissor, pois o local é ideal para desenvolvê-lo, por ter uma forte preservação dos costumes, harmonia ambiental, atendimento familiar, além da localização privilegiada, com belíssimas cachoeiras”, assegurou o professor do IF Baiano, especialista em Administração Hoteleira e de Turismo, Sérgio Luiz Teixeira.

Para atuarem no projeto, a EBDA está capacitando os agricultores da comunidade através de cursos de turismo rural comunitário e desenvolvendo oficinas para a execução do Projeto, tais como: abertura de trilhas, intervenção para melhorar a segurança do acesso a cachoeiras, e de realização de inventário e mapeamento dos recursos naturais, da área do assentamento.

Fonte: EBDA/Assimp
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