“Economia em Sistemas Agroflorestais” é tema de curso promovido pela CEPLAC/MAPA

“Economia em Sistemas Agroflorestais” é tema de curso promovido pela CEPLAC/MAPA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, por intermédio da CEPLAC – Departamento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira e a Escola Nacional de Gestão Agropecuária – ENAGRO, está realizando no Centro de Treinamento, localizado na Sede Regional da CEPLAC, um Curso sobre “Economia em Sistemas Agroflorestais”, que teve início no último dia 10 de dezembro e se estende até o dia 14 próximo.

A abertura do Curso contou com as presenças do Superintendente substituto da CEPLAC – BA e ES, Antonio Zugaib, do chefe do Centro de Pesquisas e Extensão, Raul René Valle, do Coordenador de Pesquisas, José Marques Pereira, e do pesquisador e coordenador do curso, Adonias Castro, que na oportunidade proferiu a palestra inaugural sobre “Sistemas Agroflorestais nos Trópicos Úmidos como Alternativa Sustentável na Agricultura”.

O conteúdo programatico do curso tem como destaque as seguintes temáticas: Na 1ª parte – “Introdução à Economia Agroflorestal” e “Sistemas Agroflorestais e Recursos Hídricos”, com abordagem do Técnico da ENAGRO, Walter Steenboock. E na 2ª parte – “Sistemas Agroflorestais e Economia Verde”, com abordagem do Auditor Fiscal Federal da CEPLAC/Superintendência – Pará e Amazonas, Fernando Antonio Teixeira Mendes.

Em sua mensagem aos participantes na abertura, o Superintendente substituto da CEPLAC-BA e ES, Antonio Zugaib, destacou a importância do Curso e a parceria com a ENAGRO para sua realização. “A CEPLAC já desenvolve trabalhos relevantes sobre esse tema e juntamente com especialistas nessa área que desenvolvem projetos nesse sentido pretendemos repassar essas orientações para os nossos técnicos e demais organismos regionais, que por sua vez repassarão aos produtores, buscando conscientizá-los da necessidade de introduzir em suas práticas agrícolas conceitos ambientais modernos que lhes proporcionem rentabilidade econômica”.

Segundo Raul René Valle, Chefe da Pesquisa e Extensão da CEPLAC, “as nossas expectativas e projeções com relação a esse curso são as melhores possíveis, que tem no produtor rural seu principal beneficiário. Estamos treinando primeiro nossos técnicos e extensionistas e os professores das Universidades regionais, para que eles levem esses conhecimentos até o produtor e saibam como convencê-los de que esse sistema agroflorestal é conveniente financeiramente, ambientalmente e socialmente”.

 

O pesquisador da CEPLAC e coordenador do Curso, Adonias Castro, informa que 36 pessoas estão participando do treinamento, dentre extensionistas, técnicos e especialistas da própria CEPLAC e demais instituições regionais (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade Federal do Sul da Bahia, Universidade Estadual de Santa Cruz, INCRA e dos Institutos Federais de Agricultura). “Nosso objetivo é que eles entendam com profundidade essa ciência em sistemas agroflorestais”.

Segundo o coordenador, “a CEPLAC e o MAPA entendem que o desenvolvimento rural sustentável precisa ser feito através da associação de mais de uma cultura numa determinada área, de maneira que os produtores tenham ali as interações ecológicas , ambientais, sociais e agronômicas que resultem em maior renda para eles com a redução de riscos de mercado. Dessa maneira os sistemas agroflorestais são a melhor forma de desenvolver o meio rural através de um modelo moderno e altamente sustentável”. Ele explicou que o curso prevê a realização de dois módulos que estão acontecendo agora em dezembro e uma 2ª etapa para o 1º trimestre do próximo ano.

Walter Steenboock, analista ambiental do Instituto Chico Mendes em Itajaí-SC e um dos palestrantes, é autor devários livros que trata do assunto. Além de consultor do Incra, Ibama, ICMBIO, possui larga experiência na análise financeira de sistemas agroflorestais e de parâmetros da sustentabilidade e biodiversidade. Ele considera os sistemas agroflorestais uma chave que abre a porta de uma sala onde estão todos lá dentro, as pessoas, a conservação da natureza e a renda econômica.

Steenboock acrescenta: “Muitos acham que os sistemas agroflorestais é plantar no meio do mato, pelo contrário, são processos de plantio de cultivos altamente tecnológicos do ponto de vista do uso do conhecimento, da aplicação de práticas que são muito bem desenvolvidas e que buscam justamente utilizar processos naturais, forças da natureza para o processo produtivo e geração de rendas. Uma série de benefícios que tornam justamente esses sistemas das melhores oportunidades econômicas e ecológicas não só para a região e também todo o planeta”.

Ele conclui elogiando a CEPLAC pelos trabalhos desenvolvidos: “É uma satisfação estar nessa “escola do cacau” que tem décadas de histórias e de apoio ao agricultor especialmente na pesquisa e na extensão. Em relação ao sistema produtivo do cacau , não só o Brasil como o mundo inteiro tem aprendido muito com a CEPLAC e é fundamental o trabalho que ela vem desenvolvendo em todo o mundo para geração de conhecimentos e tecnologias, além da incrementação prática de sistemas que sejam realmente efetivos para a produtividade e para a rentabilidade do agricultor”.

Sobre a sua participação no curso, abordando a temática “Sistemas Agroflorestais e Economia Verde”, o Auditor Fiscal Federal da CEPLAC/Superintendência – Pará e Amazonas, Fernando Antonio Teixeira Mendes, disse “procuramos passar para os colegas a noção de análises Econômicas em Sistemas Agroflorestais e essa fase é de contabilizar todos os benefícios que os sistemas agroflorestais proporcionam para o produtor, para o meio ambiente e para a humanidade”.

Ele salientou ainda que “o nosso objetivo principal é atingir a contabilidade do sistema, e a partir de indicadores econômicos dizer qual é o melhor ou qual é o pior, ou seja: o agricultor ao ser orientado por qualquer um de nós que esteja sendo treinado aqui na CEPLAC ou que já foi treinado, saber dizer precisamente para ele porque um sistema é melhor do que o outro do ponto de vista econômico”.

Segundo Mendes “a partir dos conhecimentos, análises e compreensão de como se faz, como se chega a esses números você melhora a precisão na indicação de uma escolha, então o agricultor ele vai poder ter esse tipo de assessoramento com muito mais precisão. Ele concluiu “Venho do Estado do Pará e os exemplos que nós temos dos produtores de cacau baiano nos ajudaram e continuam nos ajudando bastante a desenvolver a cacauicultura lá no meu estado, e não resta a menor dúvida que o cacau continua sendo uma grande alternativa econômica com o apoio total da CEPLAC”.

Superintendência da CEPLAC/MAPA – BA e ES

Fonte: Ceplac
Decom: Fabiana