Agricultores familiares baianos aumentarão produção de leite com a utilização de inseminação artificial

Agricultores familiares baianos aumentarão produção de leite com a utilização de inseminação artificial

O melhoramento genético do rebanho leiteiro é a aposta da EBDA para aumentar a produção de leite dos agricultores familiares da Bahia. Na região de Alagoinhas, um programa que inclui inseminação artificial e assistência técnica, já inseminou 635 vacas, desde março deste ano. A intenção é dar a oportunidade aos pequenos criadores de terem animais melhores e mais produtivos em um curto intervalo de tempo.

A produção média das atuais matrizes da região é de 3,5 litros de leite por dia. Um animal de qualidade chega a produzir, em média, 9 litros por dia. De acordo com Sinval Souza, responsável na região pelo Programa de Melhoramento Genético de Rebanho Bovino da Agricultura Familiar, o avanço na produção vai depender também do manejo adequado dos animais. “Nossa expectativa é que os produtores adotem as técnicas e o manejo ensinado por nossos extensionistas. Com uma complementação na dieta, esses animais podem dobrar a produção”, destacou Souza.

A inseminação artificial oferece vantagens, como a seleção e reposição de matrizes, visando à melhoria do rebanho em menor tempo, o controle de doenças da reprodução, fornecendo dados precisos de fecundação e de parto. Após um levantamento e diagnóstico dos animais da região, a EBDA selecionou os municípios de Alagoinhas, Pedrão, Ouriçangas, Conde, Biritinga, Aramari e Esplanada para serem atendidos pela gerência regional de Alagoinhas, dentro do programa que está sendo implementado em 45 municípios baianos.

Segundo o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles, através do trabalho dos técnicos da EBDA já foram inseminadas quatro mil matrizes desde março deste ano. “A meta é realizar o procedimento em 10 mil vacas, até dezembro próximo, atendendo, exclusivamente, aos agricultores familiares baianos”, informou Elionaldo de Faro. O programa já foi incluído pelo governo estadual em seu Plano Plurianual 2012-2015.

Além da inseminação, os produtores são beneficiados com assistência técnica e capacitados para a prática de inseminação. Há também capacitações para inseminadores, voltadas para uma melhor alimentação, sanidade e manejo dos rebanhos.

O criador Cláudio Teles, do município de Conde, teve seis das suas 12 vacas enxertadas por meio de inseminação artificial. Para o pequeno produtor, “o mais importante é que, aliado à genética, estamos contando com o acompanhamento das propriedades”, analisa Teles, que produz cerca de 150 litros de leite/dia, toda produção vendida para um laticínio local.

Na inseminação é usado sêmen de gado Girolando, Holandês, Gir Leiteiro e Guzerá Leiteiro, raças zebuínas reconhecidas pelo volume e qualidade do leite que produzem. O material é coletado e fornecido pela Estação Experimental de Utinga, que foi inaugurada em fevereiro deste ano, a fim de dar suporte ao programa.

O laboratório utiliza sêmens de reprodutores com características genéticas superiores, para assegurar crias de alta produtividade a custo baixo. O Governo do Estado e a Seagri, que desenvolvem o programa através da EBDA, estimam que, no prazo de quatro anos, haja uma elevação de 60% na produção diária de leite.

Fonte: EBDA/Assimp
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