O Brasil precisa de fazedores e não mais de servidores

O Brasil precisa de fazedores e não mais de servidores
É impressionante como o país passa por uma carência de pessoas com disposição para fazer, inovar, criar
Imagine brilhantes talentos como Wagner Moura, Pelé, Renato Russo e Elis Regina prestando concurso público para órgãos municipais, estaduais e federais. Profissionais fora de série, tendo os seus reconhecidos potenciais direcionados para repartições públicas por todo o país, em troca da tão sonhada estabilidade.
A corrida do ouro, que se deu em Serra Pelada na década de 80, guardando-se as devidas proporções, estende-se ano após ano por todo o país, mais precisamente nas cadeiras de inúmeros cursos preparatórios para concursos públicos.
É como se a pirâmide de Maslow passasse a ser constituída com base num único elemento: segurança. E quem não quer segurança? No entanto, o grande viés negativo é ouvir tantas e tantas pessoas dizerem “só quero chegar lá”, “quero garantir logo o meu”, “quando eu me aposentar (…)”.
Supondo que você chegue “lá”, e depois? Para? Fará mais o quê?
O Brasil precisa de muito mais eficiência e eficácia nos serviços públicos, não apenas nas áreas vitrine, como saúde, educação e segurança. Então, eis que surge uma nova cartilha para os concursados e concurseiros; é a gestão por competências, a meritocracia, metas bem definidas e a transparência nas relações. Conceitos ainda embrionários nos modelos de gestão governamentais atuais, mas que já estão sendo postos em prática e em discussão nas esferas federais, estaduais e municipais.
Vale ressaltar que o déficit da qualidade nos serviços não é um mal exclusivamente do funcionalismo público em geral. As organizações privadas também estão repletas de pessoas mal humoradas e indispostas, discrepância entre cargos, falta de transparência, pessimismo, falta de compromentimento, atendimento superficial, entre outros absurdos. A exemplo, o trade de telefonia.
Tudo isso fruto de uma histórica educação verticalizada, em que um dita e todos copiam.
Nomenclaturas como servidor, assistente e auxiliar precisam ser abolidas do dicionário português urgentemente. O Brasil precisa de líderes.
Independente de ser funcionário público ou privado, precisamos adotar uma postura cada vez mais FAZedora e cada vez menos SERVidora. Qualquer atuação profissional é válida e merece respeito. Nossas atitudes certamente influenciarão positivamente a nossa vida e a vida de milhares de pessoas. Estimule, pense diferente, questione, arrisque, lidere, faça!
Fonte: Administradores (Lucas Nery)  BSPF
Decom – Armênio