Troca suja no combustível (Negócios & Cia)

A alta ininterrupta dos preços do álcool combustível no varejo desde julho de 2009 já influencia o comportamento do consumidor.
Um cruzamento das estatísticas de inflação do IBGE com os números da venda de etanol (veja o gráfico) pelas distribuidoras evidencia que a expansão do consumo do combustível perdeu fôlego com a escalada dos preços na bomba.

A demanda por álcool, que avançava num ritmo próximo de 30% no primeiro semestre de 2009, chegou a dezembro crescendo 23,9% sobre o mesmo mês do ano anterior. Ao mesmo tempo, a venda de gasolina – cujos preços chegaram a registrar deflação em setembro – diminuiu gradualmente o ritmo de queda. Em dezembro, chegou a haver crescimento de 0,9% sobre o mesmo mês de 2008. É sinal de que os donos de carro flex estão optando pelo combustível fóssil, em detrimento da opção renovável.

Bom para o bolso, mas péssimo para o meio ambiente.

Ascom-Rezende
Fonte: O Globo/Notícias Agrícolas