Setor agrícola da Bahia terá R$ 345 milhões este ano

Bahia mira ampliação da produção de abacaxi este ano

 

A Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri) terá, este ano, um orçamento de R$ 345 milhões para os quatro órgãos ligados a ela – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Bahia Pesca e Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), além das superintendências de Agricultura Familiar (Suaf), de Irrigação (SRI), de Desenvolvimento Agrário (SDA) e de Política do Agronegócio (SPA). O valor corresponde a quase 12%* do orçamento do Estado do ano, de R$ 2,94 bilhões*.

 

Cada um das autarquias estabeleceu metas a serem cumpridas durante este ano. O fortalecimento da  fruticultura está entre as prioridades da Seagri para este ano, segundo o secretário Eduardo Salles. Para isso, dentro da defesa sanitária vegetal, a Adab prevê que o Estado se consolide como o terceiro maior produtor de abacaxi do País, realizando 500 inspeções fitossanitárias com o intuito de reduzir a Fusariose. Em 2010, segundo dados   do IBGE, a Bahia posicionava-se em quarto lugar no ranking nacional, com quase 140 milhões de abacaxis colhidos.

 

A doença, segundo o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Aristóteles Pires, ataca as mudas, afetando diretamente a produção. “Na proposta desse ano, está prevista a avaliação de 35 milhões de mudas. Quando se reduz a quantidade de mudas doentes, reduz consequentemente a perda na produção”, explica.

 

Bananas

 

Outra meta é garantir o primeiro lugar nacional da Bahia na produção de bananas, que hoje está em segundo, ampliando as exportações da fruta para o Mercosul. Embora a Bahia seja considerada área livre de Sigatoka Negra, o pesquisador  da Embrapa, Zilton Cordeiro, explica que o Estado ainda tem a Sigatoka amarela, praga semelhante, que provoca perdas em torno de 50% da produção.

 

A região conhecida como Formoso, no município de Bom Jesus da Lapa, onde há cerca de seis mil hectares plantados, produz bananas com níveis para exportação. “Mas boa parte da produção fica no mercado doméstico. Somente 2% da produção brasileira, que é de aproximadamente 7 milhões de toneladas de banana, é exportada”, destaca o pesquisador.

 

Segundo Cordeiro,um dos desafios é o trabalho com as variedades resistentes, que causam certa desconfiança ao consumidor por nào serem de nenhuma variedade conhecida. “A producão de variedades resistentes às pragas é muito pouca. É preciso trabalhar para que o consumidor aceite o novo material e essa mudança de variedade e traumática tanto para o produto como para o consumidor”, explica.

 

*Os números informados na matéria acima estão incorretos. Favor considerar os seguintes valores:

1,2% do orçamento que é de R$ 29,4 milhões.

Fonte: SEAGRI

Ascom-Rezende