Sem orçamento liberado para negociações, SRH diz que não pode apresentar nenhuma proposta
Com uma série de processos de negociação em curso no Ministério do Planejamento, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) foi até a Secretaria de Recursos Humanos (SRH), nesta segunda-feira, cobrar garantias de que as discussões em curso vão gerar atendimento das principais demandas dos servidores de sua base.
Muitos setores esperam, ainda para 2010, o atendimento de reivindicações que vem sendo discutidas ao longo dos últimos dois anos. Como trata-se de ano eleitoral, o calendário para enviar propostas do Executivo ao Congresso Nacional é limitado. A coordenadora de Negociações e Relações Sindicais, Eliane Cruz, informou que não houve por parte do ministro do Planejamento nenhuma sinalização de valor orçamentário disponível para negociações.
Enquanto aguarda esta sinalização, a SRH diz que não tem condições de apresentar nenhuma proposta formal à Condsef. Para evitar que as negociações se tornem infrutíferas e gerem atritos com as categorias que aguardam atendimento de suas demandas, a Condsef solicitou uma reunião com o secretário de Recursos Humanos do Planejamento para o dia 23 de fevereiro.
A Condsef quer que o governo defina os rumos dos diversos processos de negociação em curso. “É preciso que o governo demonstre de fato que as negociações são para valer”, disse Josemilton Costa, secretário-geral da entidade. “As categorias precisam de algo concreto por parte do governo, sem nenhuma sinalização de que os problemas serão resolvidos, os conflitos serão inevitáveis”, adiantou. Sem recessão – Eliane Cruz mencionou uma reunião ministerial em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que a crise provocou queda de arrecadação. Mantega, entretanto, disse que não houve recessão e que o País está retomando o crescimento.
Para a Condsef este discurso mostra que não existe qualquer empecilho significativo para que demandas de setores de sua base, que vêm sendo negociadas há anos, não possam ser finalmente atendidas. A Condsef espera que a conversa com o secretário de Recursos Humanos esclareça itens ainda pendentes, como é o caso da indefinição de valores orçamentários para negociar as demandas de diversos setores. As categorias em processo de negociação devem permanecer atentas e mobilizadas. A união e pressão em torno do atendimento da pauta de reivindicações será o grande diferencial para que o governo tire do papel demandas ainda não atendidas.
ASCOM-Rezende
Fonte: CONDESF