Presidente da CNA defende inclusão das escolas rurais no IDEB e na Prova Brasil

Escola Estadual Brigadas Che Guevara Monte do Carmo – TO, uma das instituições de ensino que citada na pesquisa “Escola Viva”

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), defendeu a inclusão das escolas rurais no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) e também a avaliação das instituições de ensino por meio da Prova Brasil, exame complementar que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). A senadora Kátia Abreu participou de audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado que ouviu o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Durante a audiência, a senadora Kátia Abreu apresentou os resultados de pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro, do Ibope, a pedido da CNA, para conhecer a realidade das escolas rurais do País. “Nós encontramos números muito tristes. Oitenta por cento das escolas não possuem computadores, apenas 8% têm biblioteca e só 50% contam com diretores. Esses são números que se arrastam por longas décadas”, afirmou.

Ao ministro Fernando Haddad, a senadora Kátia Abreu ofereceu apoio da CNA e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para coletar dados que possam subsidiar a elaboração de políticas que ajudem a melhorar o nível das escolas rurais. “Nós não podemos permitir que as escolas do campo possam continuar na situação que se encontram hoje”, declarou.

Na ocasião, a senadora Kátia Abreu também defendeu a ampliação do montante destinado à educação em geral e lembrou que países como Chile e México têm investido mais do que o Brasil em políticas educacionais. “Nós estamos em 73º lugar em recursos destinados à educação no mundo”, afirmou a presidente da CNA.

Um dos temas discutidos durante a audiência foi a decisão do governo de investir 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, percentual estabelecido no Plano Nacional de Educação para a década de 2011 a 2020. A senadora Kátia Abreu explicou que o plano em tramitação na Câmara foi baseado na Conferência Nacional de Educação de 2010, que prevê a aplicação de 10% do PIB em educação.

O plano traz 20 metas na área educacional para os próximos anos, incluindo medidas para valorização do magistério e aumento do número de matrículas nas escolas, entre outros pontos. As metas são definidas para municípios, estados e para o governo federal.

A presidente da CNA aproveitou para fazer observações sobre o plano anterior. Ela lembrou que o Plano Nacional de 2001 a 2010 foi elaborado a partir de um diagnóstico, o que não aconteceu com a proposta atual. “Não tem esse diagnóstico. Portanto as metas foram construídas, mas eu não sei como os estados se encontram. Eu não sei se essas metas estão de acordo com o plano foi cumprido anteriormente”, completou.

Ascom-Rezende

Fonte: Canal do Produtor

Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1419
www.canaldoprodutor.com.br