Novas usinas consolidam o sulbaiano como polo sucroalcooleiro
A produção das duas unidades vai atender ao mercado consumidor localizado próximo à região
A inauguração das usinas da União Industrial Açucareira Limitada (Unial) e da Infinity Bio-Energy (Ibirálcool), nos municípios de Lajedão e Ibirapuã, respectivamente, ontem, oferecerá oportunidade de trabalho formal a cerca de três mil pessoas no plantio, nas fábricas e em outros setores da cadeia produtiva do etanol.
As duas unidades representam investimento inicial de R$ 300 milhões e transformam o sul da Bahia em polo sucroalcooleiro. Segundo o governador Jaques Wagner, a região está se consolidando por conta da coragem dos empreendedores que estão acreditando e apostando na atividade, com a qualidade da mão de obra e o apoio do Estado.
“Nós estamos ampliando a produção de etanol – a Bahia ainda importa 70% do que consome. Como eu quero trazer para cá também o plástico verde, vamos precisar muito do álcool para suprir o mercado baiano”, afirmou Wagner.
Oportunidade – O governador enfatizou que as novas unidades se juntam a duas outras, que já atuam na região. A partir de agora, de acordo com Wagner, “temos um complexo de quatro usinas. Espero que a gente continue crescendo, gerando emprego, melhorando a qualidade de vida e a economia baianas.”
Técnico de segurança, Douglas Lopes, 21 anos, disse que na Unial ele pode crescer na profissão. “Eu comecei aqui como operador de painel. Fiz o curso e estou atuando na minha área já há seis meses, como técnico de segurança.”
Outra pessoa que teve oportunidade de ascensão profissional é o tratorista Ueliston Gonçalves, 25 anos. “Eu trabalhava com serviços gerais, levantava peso, mexia com cerca, pegava na enxada. Trabalhando como tratorista, fico só no volante. Tem barulho do trator, mas a gente coloca um abafador, que a empresa dá.”
Empresas querem expandir a fabricação de etanol
O presidente da Infinity, Douglas Oliveira, afirma que o sul da Bahia foi escolhido por causa das características da região, que proporcionam a quantidade necessária de açúcar concentrado na cana, a mão de obra qualificada e disponível, além da logística. “Temos entrada da cana de açúcar e localização estratégica para atender aos mercados consumidores próximos a esta região.”
Para Oliveira, outro benefício é o apoio do governo baiano. “Queremos que o Estado continue sendo facilitador para que possamos investir mais R$ 400 milhões, elevar a capacidade de moagem de 1,2 milhão para 3,5 milhões de toneladas, triplicar a capacidade de geração de empregos – cerca de mil diretos e três mil indiretos – e possamos chegar, em quatro anos, com quatro mil empregos diretos e mais de 12,5 mil indiretos”, adiantou.
Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o Estado tem o papel de ajudar na estruturação do negócio. “Isso envolve do licenciamento ambiental do projeto ao financiamento. O Estado participou deste processo desde a sua origem e hoje vê o resultado se consolidando por meio desta parceria com os setores privados.”
Fonte: SEAGRI
Ascom-Rezende