Festival premiou produtores de cacau fino e chocolate gourmet

A noite de segunda-feira (2) marcou o encerramento do 4º Festival Internacional do Cacau, evento que teve iníncio no dia 28 de junho e mobilizou toda a cadeia produtiva do cacau em Ilhéus. Também foi o encerramento do Concurso de Cacau Fino e Chocolate Gourmet, promovido dentro do festival, com apoio técnico da Ceplac. Foram premiados os produtores baianos Pedro Magalhaes, de Ibirataia, em primeiro lugar, e José Carlos Soares de Assis e João Dias Tavares Bisneto, ambos de Ilhéus, em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A Ceplac foi a responsável pela seleção das amêndoas concorrentes, que resultaram no chocolate avaliado pelo júri. O concurso reuniu um corpo de jurados altamente especializado, formado por nomes como Chloe Doutre-Roussel, consultura internacional de chocolate; Arali Pedroso, engenheira de alimentos com especialização em chocolate e café; Heloísa Bernardes, terapeuta ortomolecular; e André Bispo, chef chocolatier há três anos na Harald.

Os técnicos da Ceplac foram responsáveis pela classificação das amostras de amêndoas, que foram recebidas até o dia 30 de maio, vindas de quatro estados produtores de cacau no país. Participam do consurso produtores da Bahia, Espírito Santo, Rondônia e Pará. O trabalho envolveu diversos especialistas que realizaram provas de corte, verificação de características físico-químicas e testes sensoriais. Ao todo foram classificadas 16 amostras.

A responsável por todo o processo de seleção e classificação das amêndoas e pela formulação do chocolate foi a pesquisadora da Ceplac Neyde Alice Pereira, que coordena os trabalhos da Fábrica de Chocolate – na verdade, um centro de pesquisa e difusão de conhecimento do órgão para a fabricação de chocolates de alta qualidade. Ela afirma que é perceptível a evolução das amostras de amêndoas que chegam para os concursos.

“O que percebemos é que concursos como esse e mesmo a mudança de hábitos de consumo, aliados à possibilidade de se agregar mais valor ao produto, estão criando nos produtores o saudável hábito de tentar a cada dia melhorar a produção do chamado cacau fino. Ou seja, a cada ano, as amostras estão com mais qualidade, e isso é reflexo de um melhor trabalho de pós-colheita, que é o grande segredo do cacau fino”, revela a pesquisadora.

Variedades vencedoras

1º lugar – Criollo – Mono varietal SRI 62 Catongo

2º lugar – Forastero tipo amelonado (comum) e híbridos de trinitários

3º lugar – Híbridos de scavinia; cruzamento Forastero (scavinia 6) X Trinitarios

Fonte: Jornalista da Sueba – Superintendência da Ceplac na Bahia

Domingos Matos

Fotos: Àguido Ferreira

Assessoria de Comunicação da Ceplac

Ascom-Rezende