Estaleiro do Paraguaçu recebe licença do Ibama para operar na Baía do Iguape

A Licença Prévia para a implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu já foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e é um importante passo para a Bahia receber o segundo maior estaleiro a ser construído no Brasil.

Um dos maiores investimentos estruturantes para a economia baiana dos últimos 30 anos, o estaleiro será totalmente voltado para a produção de plataformas de petróleo de todos os tipos, representando investimentos de R$ 2 bilhões e perspectivas de gerar 8 mil empregos diretos.

A licença, agora obtida junto ao Ibama, representa a qualificação necessária para o empreendimento participar, no próximo dia 4 de maio, da licitação da Petrobras para construção de navios-sonda para águas profundas. Quando o estaleiro se tornar realidade, a Bahia será o quarto polo de construção naval do Brasil, se juntando ao Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Localizado em frente ao canteiro de São Roque do Paraguaçu, no Recôncavo baiano, o empreendimento vai ocupar uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados nas margens da Baía do Iguape, em Maragojipe.

Polo naval – Com a implantação do estaleiro, a Bahia se transformará em um parque de construção naval, formado também pelo canteiro da Petrobras, que já existe em São Roque, onde estão sendo construídas as plataformas P-59 e P-60, avaliadas em US$ 700 milhões, e pelo futuro canteiro de módulos de Aratu, destinado à montagem de equipamentos para as plataformas, em uma área de 100 mil metros quadrados.

Para o diretor da Odebrecht Engenharia Industrial, Fernando Barbosa, o aumento de investimentos nesse setor é um caminho natural na medida em que o país cresce. Segundo ele, a Bahia está numa posição privilegiada para atender as novas demandas.

Para agilizar os processos legais, o Governo da Bahia requereu o licenciamento ambiental da área por meio da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado (Sudic), autarquia vinculada à Secretaria da Indústria Comércio e Mineração (Sicm).

Quando estiver operando a plena capacidade, o estaleiro baiano será o segundo maior do Brasil, podendo processar 70 mil toneladas/ano de aço, contra as 160 mil toneladas/ano do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape/PE.

Ascom – Armênio

Fonte: Seagri