Erradicação da brucelose e da tuberculose ainda é um desafio

Está aberta a temporada de exposições agropecuárias na Bahia. E apesar da erradicação da febre aftosa com a vacinação no Estado há 13 anos, outras doenças, como a brucelose e a tuberculose, ainda tiram o sono de autoridades sanitárias. O programa de controle e erradicação destas doenças ainda esbarra na desinformação, na baixa adesão de criadores e na conduta ética de profissionais da área.

O último levantamento sobre o grau de incidência da brucelose no rebanho baiano foi em 2004. Na época, a doença foi encontrada em 4% dos 11 milhões de cabeças, um contingente de quase 440 mil animais contaminados. As análises sobre a tuberculose, feitas no mesmo período, ainda não foram tabuladas, segundo informa o coordenador do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose na Bahia, Argeu Lima.

Os exames de brucelose ou tuberculose são realizados apenas em animais que vão participar de exposições ou em propriedades que pretendem certificar-se como livres da doença. Em 2009, nove certificados foram entregues. Neste ano, 15 fazendas estão em fase de saneamento.

Quando o exame é feito, o resultado deve ser comunicado à Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Caso seja positivo,  o animal deve ser sacrificado. Desde a implantação do programa, só podem realizar os exames e assinar atestados médicos veterinários habilitados por um curso de especialização certificado pelo Ministério da Agricultura. Na Bahia, o curso é oferecido na Universidade Federal da Bahia (Ufba) ou na Unime.

Ascom-Rezende

Fonte: SEAGRI