EMARC- 40 ANOS DEPOIS PARA MATAR A SAUDADE

Os estudantes da EMARC/Uruçuca, do período de 1969 a 1971, para reviver um passado se reuniram nos dias 08 e 09 de julho, em Ilhéus e Uruçuca/EMARC. Esta turma foi a menor que passou pela a escola nestes 46 anos de existência, vindos de diversas cidades da Região Cacaueira da Bahia e Espírito Santo.

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Por ser uma turma pequena (19 alunos) e de faixa etária entre 17 e 19 anos, e apenas dois acima de 21 anos, foi fácil a união nos três anos de internato, naquela unidade de ensino.

No dia da formatura fizemos um juramento que nos reuniríamos aos vinte e aos 40 anos de formados e assim cumprimos a promessa. No dia 08 nos reencontramos numa pousada em Ilhéus e no dia 09 fomos até a EMARC para cumprirmos uma programação que durou o dia todo.

Na sexta-feira (08), à tarde começavam nossas primeiras emoções com a chegada dos colegas aos poucos na pousada. Era a mesma alegria, um fato muito parecido com a nossa chegada no primeiro dia de apresentação na EMARC.

Á noite nos reunimos num restaurante da cidade e foi aquela descontração, onde cada um tinha a revelar e lembrar casos e causos daqueles três anos dos idos anos de 1969 a 1971. Não faltou quem chorasse. Relembramos a repressão à classe estudantil pela ditadura militar, mas também relembramos nossas ousadias ao regime de 64. Foram tantas lembranças, que a noitada se prolongou até os primeiros minutos do dia seguinte e só encerramos aquela reunião, porque tínhamos um compromisso maior no sábado na EMARC.

Para se ter uma idéia, aqueles jovens técnicos agrícolas de 1971, hoje já na terceira idade, tomaram caminhos diferentes, exercendo diversas outras profissões e alguns já aposentados. Desta turma, três são advogados, quatro bancários, quatro agrônomos, dois empresários, um engenheiro químico, um administrador de fazendas de cacau, um economista/sociologia rural e dois técnicos agrícolas. E in memorian – registramos o falecimento do colega Jonas Batista Ferreira (Gata Romana), que trabalhou por muitos anos no Escritório da Ceplac na cidade de Uruçuca. Os demais atualmente residem em Manaus (2), Salvador (1), Aracaju (1), Viçosa (1), Itamaraju (1), Ipiaú (1), Itabuna (3), Canavieiras (1), Barreiras (1), Coaraci (1) e Ilhéus (5).

No sábado rumamos para EMARC, e lá hasteamos as bandeiras do Brasil, Bahia, Uruçuca, Ceplac e IF – Baiano, logo em seguida uma celebração religiosa seguido de um breve intervalo para um chocolate com prosa, entre os colegas, professores e servidores da Ceplac da nossa época. Daí mergulhamos num túnel do tempo – “Tempestade de Sentimentos”, onde falaram todos os colegas, professores, diretores e servidores presentes – Foi adrenalina pura.

Por fim, a palavra final coube ao atual diretor da EMARC/IF – Baiano, o Senhor Euro Oliveira de Araújo que fez questão de elogiar a união desta turma, pois como ele mesmo disse: quarenta anos não são quarenta dias e sim quase meio século. Achou tão oportuno aquele evento para sua gestão, que em razão disto e pelo sucesso, já pretende colocar em seus planos um “ENCONTRÃO” em 2012, reunindo todos os emarqueanos possíveis, quando em definitivo a nossa EMARC, passa para a responsabilidade total do Instituto Federal Baiano, onde além de cursos técnicos de nível médio serão implantados cursos superiores.

Após o almoço servido na EMARC a todos os presentes, fomos visitar as instalações agrícolas da escola e por fim percorrer as ruas da cidade de Uruçuca, onde uma mistura de saudosismo e emoção ficaram marcante neste encontro, pois ali também estavam conosco nossos familiares. (cônjuges e filhos).

Em Uruçuca foi sem dúvida algo marcante mais uma vez em nossas vidas, onde relembramos nossas adolescências, ao retornar para rever o que ainda tínhamos gravado em nossas memórias: os barzinhos, a Rua do Cacau, Bar do seu Augusto, a praça do namoro, o cinema, Boate Tropicália, apesar de que alguns destes estabelecimentos não funcionavam mais como antes, mas no mesmo local estavam lá outros empreendimentos.

Da nossa parte só temos que agradecer a DEUS, por nos ter dado esta oportunidade de realizarmos, o que para alguns não passava de um sonho.

Ascom-Rezende

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