Curso no CEPEC sobre chocolate ensina selecionar e fermentar cacau

Os cuidados que o produtor deve ter para a produção de um chocolate de qualidade devem começar no interior da fazenda, a partir da seleção dos frutos e boa fermentação durante o beneficiamento das amêndoas de cacau. A orientação foi dada pela engenheira de alimentos Priscilla Efraim, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) de São Paulo, que ministra curso sobre fermentação do cacau com a também pesquisadora Mitie Sadahira, no Centro de Desenvolvimento e Capacitação Tecnológica da Superintendência da Ceplac na Bahia, com encerramento previsto para sexta-feira, 16.

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o curso é promovido conjuntamente pela Ceplac e Instituto Cabruca, que conseguiu aprovação de um projeto denominado “Consolidando a Produção de Cacau Orgânico no Sul da Bahia”. A clientela é integrada por um grupo de funcionários e pesquisadores das duas instituições, além de representantes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Ital e Associação dos Produtores de Cacau (APC).

A coordenadora do Setor de Tecnologia de Alimentos da Ceplac, Neide Alice Pereira, destaca que os participantes funcionarão como agentes multiplicadores para capacitação de um maior número de pessoas, principalmente aquelas envolvidas com projetos de pequenas fábricas de processamento de cacau e chocolate que estão sendo implantadas. “A qualidade do cacau sempre foi motivo de preocupação da Ceplac e de parceiros como Instituto Cabruca e APC, pois a qualidade da matéria-prima é essencial para um chocolate fino, orgânico ou especial”, comentou.

No período de 15 a 17 de julho no município de Gandú uma nova turma será incorporada à capacitação como informa a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Cabruca, Adriana Reis. Segundo disse, o curso ministrado pela pesquisadora do Ital objetiva criar um padrão de qualidade do cacau produzido na Região Cacaueira Baiana, principalmente pelas cooperativas de agricultores familiares Coopag, de Gandú, e Cooprasul, do Assentamento Terra Vista, em Arataca, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “É preciso se agregar valor às amêndoas para a conquista de novos nichos de mercado e preços mais sustentáveis”, assinalou.

Ascom-Rezende

Fonte: ACS – Sueba/Foto: Luiz Conceição