Brasil e Equador firmam convênio de combate a monilíase

Deverá ser firmado acordo de cooperação técnica entre a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac/Mapa), e o Instituto Nacional Autónomo de Investigación de Agropecuárias (INIAP) do Equador visando a pesquisa da monilíase do cacaueiro. Para tanto, o coordenador técnico científico da Ceplac, Manfred Müller acompanhado de especialistas da Comissão, se reunirá de 22 a 28 de agosto com técnicos daquele país. O encontro que será na Estação Experimental Tropical de Pichilingue, em Quevedo-Equador, permitirá a elaboração dos projetos de investigação científica sobre a doença.

Manfred Müller ressaltou a importância do acordo, principalmente pela troca de experiência de trabalhos científicos referentes às duas principais doenças que atacam o cacaueiro. “A Ceplac é a maior especialista no combate à Vassoura de Bruxa. Por sua vez, o Equador no controle da monilíase. O INIAP é considerado referência no manejo da monília e seu controle biológico, e a Ceplac no manejo da vassoura de bruxa (VB). Ela desenvolveu mecanismos para diminuir os prejuízos nas plantações de cacau, no auge de seu ataque no Brasil”, comparou Müller.

“Os testes de clones resistentes à monília também serão realizados no Equador. O procedimento só é possível nos países onde a ocorrência da doença é endêmica”. Ressaltou o coordenador técnico informando que nesse sentido, o encontro também permitirá a definição de estratégias visando a execução da experiência que é de fundamental importância para o setor.

A monilíase do cacaueiro é provocada pelo fungo Moniliophtora roreri e causa perdas de até 100% dos frutos. Dados técnicos confirmam que ela é mais agressiva que a VB e se expande rapidamente. Sua expansão e intensidade destrutiva na América do Sul é alarmante. A constatação da doença na encosta oriental da Cordilheira dos Andes, requer ação imediata do Brasil, pois ele é considerado como área livre da monilíase. Com isso, se torna necessária a implementação de medidas de exclusão e prevenção para evitar a introdução da doença nas lavouras de cacau do Brasil. A equipe técnica brasileira é composta pelos cientistas da Ceplac, Manfred Müller, Karina Gramacho, Cléber Bastos e Givaldo Niella.

Ascom-Rezende

Fonte: Ascom/Ceplac/ACS/Diret /Zenilda Araújo