Audiência pública debate situação da cacauicultura no ES

Em audiência publica ocorrida nesta terça feira, dia 30, promovida pela Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, foi debatida a situação da cacauicultura no Espírito Santo e o plano de recuperação da lavoura cacaueira que está em curso.

O gerente regional da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) no Espírito Santo, Paulo Roberto Siqueira, abriu o debate fazendo um breve histórico sobre a cultura do cacau no Espírito Santo. Ele enfocou a situação da cacauicultura do Baixo Rio Doce e sua importância para a preservação da Mata Atlântica da região.

Siqueira aproveitou a oportunidade para fazer um paralelo e analisar as dificuldades enfrentadas pelos cacauicultores capixabas e da Bahia. “Infelizmente, a partir de 2001, com a entrada da terrível doença Vassoura de Bruxa nos cacauais da região o cenário de crescimento vem se invertendo num ritmo muito acelerado e preocupante. O que outrora foi próspero atualmente está desfavorável aos plantadores da cultura”, disse Siqueira.

Ele chamou a atenção sobre a importância de se observar que a realidade do produtor, não condiz com a lei de preservação ambiental, datada de 1965. “É preciso uma urgente adequação dessas leis para que aconteça um desenvolvimento harmonioso entre os produtores de cacau e a natureza”, disse Siqueira.

Ele sugeriu, como primeiro passo para se discutir uma proposta de adequação da legislação, a formação de uma Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA). Esta comissão terá como objetivo buscar mecanismos legais para harmonizar a produção com o meio ambiente. “Isto já acontece na Bahia e é fundamental para fazer com que o cacau volte a gerar dividendos aos produtores sem prejudicar o meio ambiente”, defendeu Siqueira.

Debate

Após a apresentação do gerente regional da Ceplac, foi aberta uma discussão sobre as soluções para a melhoria da cacauicultura no Espírito Santo.

O representante da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), Antônio Elias, informou que o governo está firmando pareceria com os produtores para minimizar os efeitos da vassoura de bruxa e revitalizar a produção. Ele informou ainda que já está garantida a distribuição de mudas de cacau para os produtores interessados em renovar a lavoura.

O membro da Comissão da Agricultura, deputado Freitas, fez uma breve explanação sobre as dificuldades que o estado da Bahia passou com a cultura do cacau e disse que, com a organização dos produtores capixabas, o êxito da cacauicultura do Espírito Santo será um exemplo para o Brasil.

O presidente do Incaper, Evair Mello, garantiu que o instituto dará todo o suporte técnico e cientifico necessário para a revitalização da cultura cacaueira. Ele se colocou a disposição para o acompanhamento das decisões a serem tomadas pelo setor.

O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Atayde Armani se comprometeu em encaminhar o processo para a criação da Comissão Técnica de Garantias Ambientais que será composta por representantes dos produtores, Seag, Incaper,Comissão de Agricultura, Faes, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Linhares, Acal, Idaf, Iema/Seama, Ceplac, representantes do comércio e indústrias, Ipema, Bandes, Banestes e BNB. Os representantes deverão ser indicados pelos próprios órgãos.

Ao final da audiência, o gerente da Ceplac, Paulo Siqueira, entregou ao deputado Atayde Armani, um dossiê contendo um levantamento completo sobre a cultura cacaueira no Espírito Santo com o histórico dos principais problemas vividos pelo setor e sugestões de adequações da legislação que rege a cultura.

Fonte: Inacio Mazzanti
Assessoria de imprensa Ceplac/ES
Soraia Chiabai Comunicação Integrada
Assessoria de Comunicação da Ceplac

Ascom-Rezende