Após proibição, empresas são liberadas para vender frango

Com uma rapidez surpreendente, o Ministério da Agricultura liberou ontem as unidades da Brasil Foods, em Capinzal (SC), da Copacol, em Cafelândia (PR) e da Rigor, em Jarinu (SP), do regime de fiscalização especial.

Elas foram submetidas ao regime – durante o qual a comercialização fica suspensa – depois que o ministério constatou a presença de água acima do permitido em aves in natura congeladas e resfriadas produzidas por essas unidades. Pela lei, carcaças e cortes de aves podem ter até 6% de água depois de descongeladas.

Comunicado divulgado ontem pelo ministério informou que “análises realizadas por técnicos da pasta constataram que as empresas estão cumprindo os padrões estabelecidos em legislação quanto à adição de água nas carcaças e cortes”.

Na nota do Ministério da Agricultura, o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal da pasta, Nelmon Costa, afirmou que “na maior parte dos casos, em poucos dias as empresas submetidas ao Regime Especial de Fiscalização adotam os procedimentos em conformidade com a lei”. A reportagem procurou o diretor para explicar a rapidez da liberação das empresas, mas ele não estava disponível para atender.

Na quarta-feira, a Copacol já havia informado que não estava mais sob regime de fiscalização especial e a Brasil Foods disse que havia apresentado recurso ao Ministério da Agricultura contestando o resultado de análise que levou à inclusão de Capinzal no regime especial.

Ascom – Armênio

Fonte: Valor Econômico (Alda do Amaral Rocha)