PRODUTO CAPAZ DE COMBATER A VASSOURA DE BRUXA PODE COMEÇAR A SER VENDIDO ESSE MÊS

 

O produto atua como parasita do fungo presente nas vassouras de bruxa

O 1º  lote do biofungicida capaz de combater a vassoura de bruxa, doença causada por um fungo que chegou no Brasil há 20 anos e fez a produção de cacau cair em menos da metade no país, já começou a ser produzido, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A Ceplac informou que o produto deve ser comercializado ainda em agosto.

De acordo com o produtor rural, Guilherme Galvão, que participou dos testes do biofungicida, houve grande melhora nos locais da sua propriedade em que o produto foi aplicado. “Eu usei na propriedade de 18 equitares de cacau de Itajuípe. Fizemos três aplicações no primeiro ano, fizemos três aplicações no segundo e do terceiro fizemos só duas aplicações. Lá melhorou sensivelmente. Eu tenho até hoje um ataque muito pequeno de vassoura”.

De acordo com o fitopatologista João Costa, o biofungicida atua como parasita do fungo das vassouras de bruxa. “Esse fungo coloniza a vassoura de bruxa competindo por espaço e nutriente com o fungo que está no interior da vassoura seca. Consequentemente o biofungicida não deixa produzir estruturas reprodutivas na vassoura de bruxa. Com isso o fungo da vassoura não tem condições de se perpetuar na natureza”.

Para que o biofungicida faça o efeito é necessário preparar a área em que ele irá atuar. Antônio Zózimo, engenheiro agrônomo, explica que os produtores terão que retirar as partes atacadas pela vassoura antes que seja aplicado o produto. Segundo ele, a aplicação deve ser feita quatro vezes ao ano. “Nos meses de maio, junho, julho e agosto, que são os meses mais chuvosos. É importante atentar para que o ambiente esteja úmido, para que o fungo se estabeleça, e para que seja efetuada a aplicação do biofungicida”.

José Marques, pesquisador da Ceplac, informou que a Comissão já obteve a licença para comercializar o biofungicida, que irá custar em torno de R$ 5 o quilo do produto.

Fonte: Blog o Tabuleiro/Ilhéus

Ascom-Rezende