Secretário prega união dos cacauicultores da Bahia
Fotos: Heckel Jr. / Imprensa Seagri
(Uruçuca/Ba) –“O PAC do Cacau não trata só do endividamento. Passa pelas questões da verticalização e da diversificação. São as três vertentes nas quais estamos trabalhando para recuperar toda a região cacaueira”, disse na manhã deste domingo, (5), no município de Uruçuca, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. O secretário afirmou que as perspectivas para o cacau são as melhores possíveis, e disse que a secretaria está envidando esforços para obter novos recursos para a diversificação das culturas e para a verticalização da produção.
As declarações do secretário foram feitas para um público superior a 500 produtores, pesquisadores, extensionistas da Ceplac, EBDA e Adab, na abertura do Workshop “A cacauicultura e seus novos caminhos”, promovido pelo Grupo Pensar Cacau, Fazenda Vitória, onde o secretário estimulou o associativismo e a união de todos em benefício da cacauicultura.
Numa maratona iniciada na quinta-feira, (2), no município de Jussara, o secretário participou em Ruy Barbosa da abertura da exposição agropecuária do município, e na sexta-feira, (3), dedicou-se a questão do guaraná, nos municípios de Valença e Taperoá, onde abriu a Expo Inter Guaraná. No sábado, o secretário esteve em Wenceslau Guimarães, onde se reuniu com a prefeita Susete Silva e com o representante de um grupo da Venezuela que vai implantar uma fábrica no município para beneficiar a banana da terra. A tarde de sábado foi dedicada ao cacau. O secretário visitou as fazendas Independência e Nova Esperança, e viu de perto os resultados das experiências feitas pelo produtor e agrônomo Edivaldo Sampaio, que consegue em sua propriedades na região de Wenceslau Guimarães a produtividades de até 100 arrobas por hectare.
Durante o workshop, neste domingo, o secretário informou que R$ 6 milhões, sendo R$ 4 milhões do FINEP e R$ 2 milhões do Mapa, serão disponibilizados para a rede Renobio Vassoura de Bruxa Nordeste investir em pesquisas da cacauicultura, e pregou a união de todos, citando a experiência prática do produtor Edivaldo Sampaio, o conhecimento do professor Gonçalo, da Unicamp, e a tecnologia da Ceplac, da Embrapa, da Uesc e de outras universidades. O secretário desafiou também os agricultores a buscarem a unidade da representação institucional, com a união das associações e cooperativas, através da Associação dos Produtores de Cacau, APC, sem arestas e sem políticas.
Com relação às dívidas do cacau, o secretário afirmou que “o governo não esqueceu os produtores que tem contratos do Pesa. Estamos buscando a regulamentação do Artigo 42 da lei que instituiu o PAC do Cacau, para isentar os juros de mora e reduzir a dívida de cerca de R$ 300 milhões para R$ 180 milhões e viabilizar a renegociação através do Banco do Nordeste do Brasil”.
Ascom-Rezende
Fonte: Ascom Seagri /Josalto Alves – DRT-Ba 931
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