Secretário da Agricultura vai a Brasília com lideranças do MST para audiência com o Incra
Fotos: Heckel Jr. / Imprensa Seagri
Os secretários da Agricultura, Eduardo Salles, e das Relações Institucionais, Cezar Lisboa, seguem para Brasília nesta quarta-feira, (28), com o líder do MST, Márcio Matos, para uma audiência com o presidente do Incra, Rolf Hackbart. O objetivo do encontro é discutir com a direção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária as demandas do MST baiano. As questões ligadas à terra e a infraestrutura nos assentamentos compõem as principais reivindicações do movimento. De acordo com Márcio Matos, “temos na Bahia 25 mil trabalhadores acampados esperando para ser assentados”. O secretário Eduardo Salles explicou que a decisão de ir a Brasília com a liderança do MST representa o apoio do governo do estado à luta pela reforma agrária e o interesse de colaborar com o Incra.
A viagem dos secretários à Brasília foi anunciada durante a segunda rodada de negociação com a liderança do MST. Conduzida pelo secretário Eduardo Salles, a reunião teve a pauta organizada em três eixos: terra, produção, (melhoramento de culturas, Ater e formação, equipamentos, unidades industriais), e infraestrutura, (estrada, habitação, saúde, energia e educação). A reunião foi suspensa no final da tarde e será retomada às 20 horas de hoje. Amanhã, quarta-feira, (28), uma comissão do MST reúne-se com a coordenação do CDA para tratar de crédito fundiário. Na quinta-feira, a coordenação de Educação do MST terá audiência com o secretário da Educação.
Eduardo Salles destacou que as reivindicações do MST são amplas e dizem respeito a diversas secretarias e a órgãos do governo federal, e explicou que “a Seagri atua como articuladora, debatendo e encaminhando as reivindicações, e fazendo gestões junto ao governo federal”.
“No âmbito do governo estadual nós vamos fazer tudo que pudermos para encaminhar novas conquistas. Com relação ao governo federal vamos realizar gestões para ajudar o movimento”, disse.
O MST reivindica, além da aceleração da reforma agrária com assentamento de 10 mil famílias em dois anos, a ampliação e construção de casas nos assentamentos, mecanização e infraestrutura produtiva, kits de irrigação, instalação de equipamentos em dois acampamentos modelo, projetos de inclusão produtiva, construção de 13 escolas em assentamentos, construção de dez unidades da saúde da família e três mil cisternas nos assentamentos localizados no semi-árido. De acordo com a liderança do MST, cerca de três mil militantes estão acampados ao redor da Seagri, onde ficarão até o fim das negociações.
Ascom-Rezende
Fonte: Ascom Seagri