Seagri quer tornar a mandioca baiana mais competitiva

A mandioca é plantada em todo canto da Bahia. É uma das principais cadeias do Estado, uma das que possuem maior capilaridade. Mas precisamos tornar a cadeia sustentável, reativar fábricas para verticalizar a produção”, declarou o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao participar, nesta quarta-feira (14), da 2ª reunião da Câmara Setorial da Mandioca, na Embrapa – Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, a 146 quilômetros de Salvador. Durante o encontro, que reuniu representantes da cadeia produtiva da lavoura, foram debatidas as oportunidades e os desafios do segmento. Ainda no município, o secretário participou de reunião da 2ª Subcâmara Temática de Aves e Suínos, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

A Bahia possui áreas com características próprias para o plantio da mandioca. Contudo, diz o secretário, o incipiente nível tecnológico e o baixo uso de insumos modernos fizeram com que a produtividade permanecesse a níveis baixos, deixando de ser competitiva em relação a outros estados, a exemplo do Paraná e Mato Grosso do Sul. “Essas regiões conseguem vender a farinha por preços inferiores aos praticados na Bahia”, considerou.

De acordo com Eduardo Salles, para que esse segmento se desenvolva, é preciso reativar fábricas instaladas no Estado que processam a mandioca. “É por isso que criamos as câmaras setoriais. Precisamos de um planejamento estratégico para a agropecuária do Estado, pensar a Bahia nos próximos 20 anos, com a participação de cada um dos membros da cadeia produtiva”, disse o secretário, que anunciou o lançamento, ainda para este ano, da Câmara Setorial do Fumo, “uma cadeia de extrema importância para a região do Recôncavo”.

Outro produto derivado da mandioca e comercializado a preços compensadores, por ser mais nobres que a farinha, é a fécula. Mas a Bahia é carente desse tipo de indústria, como lembra o presidente da Câmara de Vereadores de Cruz das Almas, Osvaldo da Paes. “Toda a produção demandada é oriunda de outros estados, principalmente do Paraná. E a produção da fécula gera um aumento de até 400% na renda do produtor”, observou.

Nesta quinta-feira (15), o secretário Eduardo Salles participa da 2ª reunião da Câmara Setorial da Apicultura, em Feira de Santana. Amanhã (16), ele estará presente à 4ª reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos, em Senhor do Bonfim, e, na próxima segunda-feira (19), à 2ª reunião da Câmara Setorial do Guaraná, no município de Taperoá. Haverá ainda reuniões das câmaras setoriais nos dias 20 (Fruticultura e Algodão) e 21 (Café) deste mês. O resultado desses debates será apresentado na Conferência Estadual das Câmaras Setoriais, que acontece em 9 de agosto, em Salvador.

A reunião da Câmara Setorial da Mandioca contou ainda com a presença do prefeito do município, Orlando Peixoto, e do chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa, Aldo Trindade. Já a reunião da Subcâmara Temática de Aves e Suínos, teve a participação do reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif, e do presidente da Associação Baiana de Avicultura (Aba), Marcelo Plácido.

Ascom-Rezende
Fonte:Ascom/Seagri
Rodrigo Vilas Bôas
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