Programa da Ceplac melhora a renda de apicultores do Distrito de Palmira

Foto: Divulgação Ceplac

Um grupo 10 famílias de apicultores do Distrito de Palmira, Itajú do Colônia, a 499 quilômetros de Salvador, vai aumentar a produtividade das colméias a partir da utilização de abelhas rainhas selecionadas pelo Centro Regional de Apicultura da Ceplac, manejo e condições ambientais adequadas. A instituição vem desenvolvendo, em parceria com a Embaixada da Nova Zelândia, um programa de melhoramento de matrizes de alta produtividade para mel e pólen naquela localidade de dois mil habitantes.

A líder comunitária e coordenadora local do projeto Maria da Conceição diz que a utilização de abelhas rainhas selecionadas pela Ceplac aumentou em até três vezes a produção de mel no apiário comunitário. Além das abelhas rainhas, os apicultores receberam 50 enxames do projeto, tendo sido entregues inicialmente 20 enxames, que alcançaram produção de 327 quilos de mel em três colheitas.

Os enxames estavam acondicionados provisoriamente na Superintendência da Ceplac, Km 22 da rodovia Ilhéus – Itabuna, no Sul do Estado, onde foram fortalecidos e as rainhas velhas substituídas pelas selecionadas. Os participantes do projeto também receberam equipamentos de beneficiamento, indumentárias e diversos apetrechos, visando alcançar os objetivos de renda mensal de um salário mínimo por cada família.

Segundo a coordenadora, o projeto de apicultura da Ceplac e Embaixada da Nova Zelândia constitui alternativa de trabalho e renda para a população de Palmira, um distrito carente de projetos humanitários porque o município-sede de Itajú do Colônia oferece poucas alternativas econômicas.  Ainda segunda Conceição, as meta para este ano são construção da Casa do Mel e chegar às 100 colméias para produção de três toneladas de mel visando sua comercialização no mercado consumidor regional.

O apicultor Michel Simon Lírio de Oliveira, um dos beneficiários, confirma que a comunidade de Palmira é carente de empregos e que o projeto veio como uma fonte de renda para as famílias que não tinha perspectiva alguma de sobrevivência digna. “A gente nota que houve uma melhora na auto-estima das pessoas e na participação. Devido ao sucesso do projeto, muitos jovens tem se motivado a entrar na atividade apícola”, constata.

O fiscal federal agropecuário Ediney Magalhães, chefe da Seção de Entomologia e responsável pelo Setor de Apicultura da Ceplac, comenta que o trabalho desenvolvido em Palmira vem alcançando resultados animadores devido à dedicação dos produtores familiares e às técnicas desenvolvidas, em especial a substituição de rainhas, bem como a alimentação artificial na época adequada.

As principais atividades econômicas da localidade são a pecuária de corte e a cultura do cacau. O maior empregador no município ainda é o poder público o que faz com que grande parte da população não tenha perspectiva de trabalho alguma.

Ascom-Rezende

Fonte: SEAGRI/Assessoria de Comunicação Social/CEPLAC