Operários de campos orientados sobre a monilíase do cacaueiro
Um grupo de operários de campo da Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira no Estado da Bahia da Ceplac participou de curso de capacitação sobre monilíase do cacaueiro – doença inexistente no Brasil –, causada por Moniliophthora roreri, que é da mesma família do fungo da vassoura-de-bruxa (Moniliophthora perniciosa). As informações foram repassadas pelo pesquisador da Ceplac Givaldo Rocha Niella e o fiscal agropecuário da ADAB Clécio Luis Telles, no programa de formação de agentes multiplicadores do Comitê Técnico de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro da Bahia.
Niella disse aos participantes do curso que a informação é a melhor forma de prevenção contra o fungo, que já foi prospectado a 100 quilômetros da fronteira do Peru com o Brasil, o que levou o País a reforçar as barreiras fitossanitárias e a fiscalização quanto ao tráfego de produtos vegetais e adotar um Plano de Contingência. Segundo o pesquisador há 200 anos que o fungo é registrado no Equador, alcançou Peru, Colômbia, Venezuela e países da América Central.
O fungo tem efeito devastador sobre a economia do cacauicultor, já que infecta, principalmente, os frutos da planta, com a produção de grande quantidade de esporos, na forma de pó cinzento ou creme. Além da exibição de vídeos, os técnicos do Comitê responderam perguntas dos operários de campo, que demonstraram interesse em conhecer as medidas preventivas adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Ceplac e Superintendências Federais de Agricultura, e pelos órgãos de defesa sanitária das secretarias de Agricultura dos estados produtores de cacau.
Segundo informou Clécio Teles desde o ano passado já foram realizados seis cursos de formação de agentes, com cerca de 150 participantes; 23 reuniões técnicas, com 190 pessoas; e nove encontros técnicos, com mais de 320 inscritos. As ações de orientação tiveram ainda palestras para estudantes e trabalhadores rurais, um trabalho que deve continuar no próximo ano, inclusive com a distribuição de cartilha. Além disso, também foram distribuídos 1.745 folhetos com material educativo e 362 cartazes.
Fotos: Aguido Ferreira
Fonte: Jornalista ACS/Ceplac/Sueba/Luiz Conceição