Novidade: consumo interno de carne cresce muito e acompanha a exportação
Confesso que minha grande surpresa no evento chamado Encontro de Analistas, promovido nesta sexta-feira (29) em São Paulo pela Scot Consultoria, não foi tanto a revelação sobre as exportações de carne bovina ter ultrapassado a fatura de US$ 6 bilhões, que era a cifra prevista pela Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) para este ano. Este otimismo, álias, levou o presidente da associação, Antonio Camardelli, a apostar que 2013 vai fechar com US$ 6,5 bilhões, e, em 2014, as transações internacionais subirão para US$ 8 bilhões.
A novidade é que o mercado interno de carne bovina também “bombou” em 2013. Motivo: o cenário de quase “pleno emprego” no país. “O mercado interno surpreendeu. Muitos frigoríficos tiveram que reativar plantas para sustentar a demanda”, observa Fabiano Tito Rosa, diretor do Minerva.
E as expectativas são ainda mais animadoras para 2014 por conta da Copa do Mundo e das eleições, adianta Alcides Torres, presidente da Scot. Segundo ele, além da inequívoca ascensão das camadas mais populares para a chamada classe C, o que levou a um incremento no consumo, a classe mais abastada também evoluiu financeiramente. “O Brasil tem cerca de 35 milhões de pessoas com alto nível de renda”, revela Torres. Sylvio Lazzarini, proprietário do Varanda, requintada casa de carnes paulistana concorda com Torres. Ele adianta a que a procura por cortes mais nobres realmente tem crescido no seu restaurante.
Já Leandro Bovo, do banco Espírito Santo, e Rogério Goulart, pecuarista, me deram de primeira mão que a arroba do boi gordo já tem cotação fechada a R$ 107 para maio de 2014. Neste mês, como sabemos, historicamente, o preço costuma cair bastante. Em maio de 2013, por exemplo, a arroba valia R$ 97.
Fonte: Globo Rural
Decom: Fabiana