Indústria de defensivos pode crescer 10% neste ano

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A indústria de defensivos agrícolas projeta crescimento de 5% a 10% em 2010, sustentado pela expansão das vendas para soja e cana-de-açúcar, que seguem com preços firmes no mercado internacional.

A estimativa é do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag), que divulgou ontem dados sobre o desempenho do setor. O sindicato considera ainda um cenário favorável para o algodão.

Em 2009, o faturamento com as vendas de defensivos agrícolas totalizou R$ 12,878 milhões, praticamente estável em relação ao ano anterior, com alta de apenas 1% no período, segundo o levantamento do Sindag. O crescimento moderado foi sustentado pela soja, cana-de-açúcar e milho, respectivamente as três culturas com maior participação no setor, especialmente em Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. O gerente de informação do Sindag, Ivan Amancio Sampaio, destaca na nota que a principal cultura foi a soja, mas ressalta que a cana também cresceu, ultrapassando o milho e ocupando o segundo lugar em consumo do produto.

Apesar do crescimento em real, o faturamento da indústria de defensivos agrícolas em dólar recuou 8%, em função da oscilação cambial no período. Com isso, as vendas que totalizaram US$ 7,125 bilhões em 2008, receita superior à dos Estados Unidos naquele ano, recuaram para US$ 6,559 bilhões em 2009.

O melhor desempenho foi registrado nas vendas de fungicidas para a soja, que apresentou crescimento expressivo de 16,8%, para R$ 3,484 milhões. Este incremento reflete o aumento da ocorrência dos focos de ferrugem asiática nas lavouras de soja, por conta do clima chuvoso e quente, que propicia a propagação da doença. ”Os produtores realizaram aplicações preventivas e curativas no ano passado”, afirmou Sampaio na nota. Também houve aumento nas vendas para as culturas de feijão, batata, trigo, café e tratamento de sementes.

O Sindag informou ainda que a maior retração em 2009 foi apurada nas vendas do herbicida, segmento de maior participação no mercado. A receita obtida com as vendas deste defensivo recuou 8,2%, para R$ 5,301 milhões no ano. Segundo Sampaio, a queda de até 40% nos preços dos produtos à base do ingrediente ativo glifosato contribui para o aumento da comercialização no período. As vendas de acaricidas tiveram queda de 6,37% e de inseticidas, 0,84%.

ASCOM-Rezende

Fonte: Agência Estado