Equador supera Brasil e lidera colheita de cacau nas Américas neste ano
O Equador, que já lidera a oferta global de grãos aromáticos usados em chocolates finos, está prestes a ampliar sua liderança na produção de cacau no continente americano. Os exportadores do país preveem outra safra recorde da amêndoa.
A colheita de cacau deverá crescer 9% este ano, para 240 mil toneladas, graças a programas governamentais de auxílio e a novas plantações. Ao mesmo tempo, é bem menor a preocupação de que o fenômeno El Niño prejudique os rendimentos, de acordo com Iván Ontaneda, presidente da Associação Nacional de Exportadores de Cacau do Equador (Anecacao).
O volume previsto pelos exportadores é 14% superior ao total estimado pela Organização Internacional de Cacau (210 mil toneladas) e cerca de 20% maior que o projetado para o Brasil.
O Equador, onde os grãos gordurosos usados para fazer chocolate são cultivados desde a era pré-colombiana, está sendo beneficiado pela maior demanda por chocolates finos em mercados emergentes, disse Ontaneda. Um novo acordo comercial estabelecido no mês passado com a União Europeia, maior mercado consumidor de chocolates finos do planeta, também contribuirá para estimular os investimentos e a produção de cacau no Equador, disse ele.
“As condições climáticas nas áreas de cultivo têm sido boas até agora”, afirmou Ontaneda, que também é CEO da exportadora de cacau Eco-Kakao SA. “Nenhum grão de cacau deixará de ser vendido”. “Os riscos de formação do El Niño diminuíram e, se o fenômeno ocorrer, ele será leve ou moderado”, disse Ontaneda. “Se as chuvas começarem em novembro ou dezembro, isso será uma estação de chuvas normal”.
Embora a variedade equatoriana Arriba seja usada em chocolates finos, os grãos comuns ou a granel são empregados na produção maciça. Fabricantes multinacionais de chocolate, como a Nestlé, operam no país andino.
Fonte: valor
Decom – Armênio
Foto – Mercado do Cacau