Empresários espanhóis escolhem a Bahia para investir

“Visitamos vários estados, mas preferimos a Bahia para investir por causa da potencialidade que encontramos nos setores da agropecuária e de energia renovável, e por causa da qualidade dos gestores do governo baiano, além da hospitalidade”, disse o diretor de desenvolvimento e negócios do grupo espanhol Moviliza, José Manuel López Rama, ao chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura, Eduardo Salles. Rama faz parte de um grupo de executivos de oito empresas da Espanha que está em Salvador para definir os projetos que deverão ser executados na Bahia. “Estivemos aqui em outubro do ano passado, mantivemos contato com a Seagri e vimos o potencial do Estado. Agora retornamos para materializar nosso desejo de investir aqui”, disse David Cimadevila Cea, diretor geral da Moviliza Global, acrescentado que “o próximo passo será assinar com a Seagri um protocolo de intenções definindo os investimentos e nas áreas em que serão feitos.

Os empresários espanhóis foram recebidos pelo chefe de gabinete Eduardo Salles, pelo superintendente de Políticas do Agronegócio, Jairo Vaz, e pelo presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli. Além de David Cimadevila e José Manuel López Rama participaram do encontro os empresários José Antonio Pérez Pérez, diretor do grupo Maessa; Lorenzo Blanco Refojos, presidente do grupo Aucosa e da Thenaisie; Agustin Hernández Garasa, diretor da Semi, e Javier Sanz Osorio, diretor geral da Sisener.

David Cimadevila Cea explicou que “desejamos investir na nas áreas de pesca, (aqüicultura, conservas e congelados e fabricação de embarcações pesqueiras para pesca oceânica), agropecuária e energia renovável, transformando resíduos orgânicos em energia limpa”. Ele detalhou que as empresas espanholas atuam em vários países, tem presença na América Latina e querem se expandir na Bahia.

A implantação de empresas espanholas na Bahia vai criar novos postos de trabalho, abrindo espaço em especial para a mão-de-obra feminina. Exemplo disso são as empresas do grupo Aucosa, que emprega mulheres nas empresas do ramo de conservas. De acordo com o presidente do grupo, Lorenzo Blanco Refojos, 90% da mão-de-obra neste setor é feminina. Ele confirmou o interesse do grupo na área de pesca, destacando que “a costa baiana não tem grandes cardumes, mas tem espécies importantes e de qualidade para a exportação”.

Os empresários espanhóis disseram que a Bahia tem clima e matéria prima “e nós temos tecnologia e experiência nas áreas de alimentação, prospecção de mercados, infraestrutura, energia, setor pesqueiro e da agropecuária”.

Para Eduardo Salles, “a perspectiva de receber os investimentos espanhóis é muito boa para a Bahia, pois aqui nós produzimos tudo, mas temos necessidade de indústrias de transformação para agregar valores aos nossos produtos”.

Ascom-Rezende

Fonte: SEAGRI/ foto: Seagri/Josalto Alves