Diretor da Ceplac otimista quanto à adesão dos produtores de cacau
O Diretor da Ceplac, Jay Wallace da Silva e Mota, se disse otimista quanto à adesão dos produtores de cacau à renegociação de suas dívidas pelos agentes financeiros ao avaliar a reunião da Câmara Setorial do Cacau no Estado da Bahia, realizada na quinta-feira, 10, no auditório do Centro de Pesquisas do Cacau da Ceplac, na rodovia Ilhéus – Itabuna. No encontro foi constituído mutirão para operacionalizar a inclusão do maior número possível de cacauicultores baianos.
Para Jay Wallace, a longa caminhada até a adaptação da lei original às necessidades da lavoura cacaueira, resultou em boas conquistas. Daí, estar otimista quanto à maciça adesão dos produtores, já que as condições atuais são favoráveis, a despeito de ainda existirem segmentos que se consideram excluídos por não ter acesso a recursos financeiros novos.
“Devo dizer que não estão esquecidos, pois, continuaremos analisando alternativas para que o grupo seja contemplado e possa aplicar tecnologias que façam crescer a produtividade das roças de cacau da Bahia”, acrescentou. O diretor informou ainda que extensionistas da Ceplac e da EBDA, agentes dos bancos do Brasil e Nordeste e lideres rurais vão orientar os produtores à adesão, já que o prazo se encerra em 30 de maio, inclusive com uma cartilha com o passo-a-passo.
Na Câmara, o secretário estadual de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, afirmou ser preciso virar a página da renegociação das dívidas, pensar agora em diversificação da produção e agroindustrialização e promover o desenvolvimento gerando renda e riquezas para a região Sul do Estado. Conforme Salles é preciso que os cacauicultores estejam livres das dívidas para a região começar a pensar em agroindustrialização e diversificação da produção.
O presidente da Associação de Produtores de Cacau (APC), Henrique Almeida, afirma que a Bahia possui condições de produzir cacau fino, em quantidade e qualidade. Salientou também a importância de Estado vir a tornar-se, no curto prazo, o primeiro do País a ter o cacau com Indicação Geográfica, um processo que está em andamento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Atualmente, a produção nacional de cacau está em torno das 220 mil toneladas/ano, ocupando o Brasil o sexto lugar no ranking mundial. O Estado da Bahia é o primeiro produtor nacional, sendo responsável por 63% desta produção, com, aproximadamente, 140 mil toneladas/ano.
Ascom-Rezende
Fonte: Jornalista ACS/Ceplac/Sueba/Luiz Conceição
Fotos: Wilde Cabral
Assessoria de Comunicação da Ceplac