Cooafba destaca apoio da Ceplac para a fábrica de chocolate fino
“A Ceplac tem participação importante seja com assistência técnica e extensão rural, seja a capacitação da mão de obra, classificação e seleção de amêndoas e doação de materiais, serviços e equipamentos para o funcionamento da unidade”. O reconhecimento é de dona Maria do Carmo Tourinho Nunes, presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Almada e Adjacências (Cooafba), em entrevista ao programa “De Fazenda em Fazenda”, ao falar da participação da Ceplac no projeto da primeira fábrica de chocolate fino da agricultura familiar do Pais, em Ibicaraí.
A indústria, situada neste município, a 470 quilômetros a sul de Salvador, foi inaugurada na sexta-feira, 17, pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, contou com investimento de R$ 1,5 milhão da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir) e coordenação da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e vai beneficiar 300 famílias de agricultores familiares dos municípios de Ibicaraí, Coaraci, Almadina, Barro Preto, Floresta Azul, Itapitanga, Itajuipe e Ilhéus. Cada associado se comprometeu em entregar 50 arrobas de cacau anuais para o processamento do chocolate fino destinado inicialmente ao mercado interno.
Segundo a presidente, a inauguração da unidade representa o coroamento do esforço iniciado em setembro de 2007 com a constituição da cooperativa e de todo um processo de aprendizagem que incluiu a produção de cacau especial para matéria-prima, manejo adequado nas pequenas propriedades, o que inclui cumprir escolha de frutos sadios, quebra, fermentação e secagem da amêndoa. “Além disso, também aprendemos com o pessoal da Ceplac que é preciso adquirir mudas e sementes de plantas resistentes e tolerantes às doenças e de alta produtividade”, disse dona Maria do Carmo Nunes.
O pesquisador da Ceplac, Raimundo Camelo Mororó, destaca que o projeto de implantação de agroindústrias para beneficiamento do cacau e produção de chocolates surgiu há 25 anos. O programa, agora desenvolvido pela Sedir, CAR, Ceplac, Sebrae, EBDA e outros parceiros, conquistou o apoio do secretário Edmon Lucas e prevê mais quatro unidades implantadas gradativamente. “A gente aconselhou que se dê de forma gradual para consolidação do programa e necessidade de se abrir mercados, já que as fábricas produzirão chocolate fino ou especial, com alto teor de cacau, acima de 56% de cacau na sua formulação”, explicou, ressaltando a importância para a saúde de um produto meio amargo e rico em flavonóides.
A indústria vai produzir 600 kg de chocolate, em jornadas de até oito horas, quando beneficiará 300 arrobas de cacau/dia. A previsão é que mais de 14,6 mil arrobas de amêndoas de cacau/ano sejam torradas e esmagadas. O projeto prevê ainda assistência técnica pela Ceplac e EBDA para a melhoria da qualidade da produção e aumento da produtividade. “A Ceplac continuará dando suporte de seleção e qualificação das amêndoas, treinamento e consultorias. Também fará as analises laboratoriais das amêndoas e do chocolate para que se mantenha a qualidade especial do produto”, explicou Mororó.
Na inauguração, o governador Jaques Wagner ressaltou o empenho na estruturação da agricultura familiar no Estado, que é o maior produtor de cacau do País e não tinha uma fábrica de chocolate. “Essa história mudou e o cacau daqui, agora passa a valer mais, aumentando a renda e estimulando a lavoura”, comentou. Pelas projeções do governo, a Cooafba deve ter receita anual de R$ 4 milhões, o que elevará a renda das famílias integrantes do projeto.
A solenidade contou com a presença do secretário de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, do superintendente da Ceplac na Bahia, Antônio Zózimo de Matos Costa, do chefe do Serviço de Planejamento da Superintendência Mário Tavares, coordenador regional do Sebrae, Renato Lisboa, dentre outras autoridades. A unidade também contou com apoio financeiro do Banco do Brasil e Banco do Nordeste.
Ascom-Rezende
Fonte: Jornalista ACS/Ceplac/Sueba/Luiz Conceição
Assessoria de Comunicação da Ceplac