Ceplac transfere tecnologia para a República do Congo
A Ceplac iniciou um programa de transferência de tecnologia à República do Congo para o cultivo do cacaueiro. Para conhecer as modernas pesquisas desenvolvidas pela instituição visita a Região Cacaueira baiana até quinta-feira,18, o encarregado de Negócios da Embaixada Aimé-Clóvis Guillond e o engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura Hubert Yobo, visando um acordo de cooperação entre o Governo brasileiro e o Governo daquele país do continente africano, que poderá ser assinado em maio, em Brasília.
Os visitantes foram recebidos pelo superintendente da Ceplac na Bahia, Antônio Zózimo de Matos Costa, que destacou que o órgão busca estabelecer bom relacionamento com os países produtores de cacau. “Nós queremos parabenizar a iniciativa do Governo da República do Congo pela visita. Após esse contato esperamos assinar termo de cooperação do Governo brasileiro para a transferência de tecnologia ao país. O Brasil está aberto à cooperação”, disse.
As linhas mestras das pesquisas da Ceplac, através do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) e do Centro de Extensão (Cenex) foram apresentadas em ciclo de palestras ministradas no auditório do Setor de Relações Públicas, na Superintendência da Ceplac na Bahia, aos representantes do Governo congolês.
O Chefe do Cenex Sérgio Murilo Correia Menezes fez breve apresentação da estrutura do Centro aos visitantes destacando a rede de 52 Escritórios Locais para a difusão tecnológica. Já o Chefe-Adjunto do Cepec José Marques Pereira explanou sobre as seções e linhas de pesquisa e a estrutura de laboratórios. Os pesquisadores Raul Valle, Wilson Monteiro e Givaldo Niella falaram sobre ecofisiologia do cacaueiro, principais doenças e melhoramento genético, respectivamente.
Segundo dados apresentados pela Embaixada, a República do Congo produziu, em 2006, 1.444 toneladas de cacau, depois de ter atingido 3.041 toneladas, em 1976/1977. De acordo com o diplomata, a produção de cacau no país vem caindo consideravelmente. Além disso, outros tipos de cultivo também enfrentam problemas devido à falta de investimento no sistema agrícola do país. “Isso está afetando muito nossa economia”, comentou Aimé-Clovis, que disse da preocupação do presidente congolês Denis Sassou Nguesso em priorizar o desenvolvimento da agricultura, inclusive com aplicação de US$ 20 milhões do Banco Mundial.
Para soerguer o cultivo da lavoura de cacau e promover o desenvolvimento da agricultura na República do Congo, o Governo buscou a cooperação com o Brasil, principalmente pelo avançado sistema de manejo integrado do cacaueiro desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Ceplac, cujos pesquisadores e extensionistas acumulam uma experiência de mais de 50 anos. Também está disposto a investir outros US$ 20 milhões no Programa de Desenvolvimento Agrícola e Reabilitação do Caminho Rural (Projet de Développement Agricole ET de Réhabilitation des Pistes Rurales- PDARP).
Para Aimé-Clovis Guillond, além das informações tecnológicas que a Ceplac pode oferecer para aumento da produção e pesquisas em cacau, o Governo congolês aposta na cooperação para formar técnicos que possam por em prática o manejo de cultivo do cacau. “Fico feliz em saber que a Ceplac não trabalha só o cacau, mas com seringueira, dendê, fruticultura e apicultura”, elogiou o diplomata, que nesta quarta-feira cumpre, com seu compatriota e em companhia de técnicos da Ceplac, extensa agenda de visitas ao Instituto Biofábrica de Cacau, no Distrito de Banco do Pedro, em Ilhéus, à Fazenda Convenção, da Agropecuária Avillar Ltda. E a área da Associação dos Produtores Agrícolas União e Trabalho, no Distrito de Cachoeira, na rodovia Ilhéus – Itabuna.
Ascom-Rezende
Fonte: Ascom-Ceplac
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLAC