Ceplac mostra a agricultores plantio de sucesso de gravioleiras em Jaguaquara

Um grupo de 20 agricultores familiares de outras regiões do sudoeste baiano interessado em cultivar a gravioleira participou na quarta-feira passada, 7, de uma visita técnica à Fazenda Alto da Bela Vista, município de Jaguaquara, a 330 quilômetros de Salvador. A excursão foi promovida pelo Escritório Local da Ceplac de Jequié, foi liderada pelo chefe e Técnico em Agropecuária Edson Járade Santos Miranda com o objetivo mostrar o sucesso que vem conseguindo o produtor familiar Timóteo Damásio.

Na sua propriedade, Damásio obtém produtividade de 12.800kg em área de meio hectare com a plantação de gravioleiras em torno de quatro anos e meio. Na conversa que manteve com os visitantes e técnicos, o Sr. Timóteo Damásio declarou que todo o seu sucesso decorre das orientações que recebe dos extensionistas do Escritório Local da Ceplac de Jequié o que lhe permitiu vender toda a safra da fruteira a R$ 1,70/kg.

A crise econômica que nos últimos 20 anos assola a Região Cacaueira da Bahia provocada por uma série de fatores, tais como preços baixos do cacau no mercado nternacional e a doença “Vassoura-de-Bruxa” se constituiu em enorme desafio para os produtores e a sociedade em geral. A criação do Agropolo de Fruticultura do Vale do Rio das Contas foi uma das formas que os produtores daquela região encontraram para enfrentar essa crise e hoje já é um trabalho consolidado e com resultados satisfatórios.

Estudos conduzidos pela Ceplac apontaram a agroindústria de polpa de frutas no Sul da Bahia como uma importante fonte geradora de emprego e renda, com efeitos sobre os demais segmentos da cadeia produtiva, resultando na expansão da fruticultura regional. O plantio de fruteiras em áreas produtoras de cacau tem proporcionado uma sinergia positiva entre culturas.

Fatores de produção ociosos da cacauicultura têm sido utilizados em projetos de fruticultura e geração de renda, através da comercialização de frutas, o que tem contribuído para a sustentabilidade da propriedade proporcionando lucros que viabilizam a expansão da atividade, geram emprego e ajuda na manutenção e expansão das culturas.

Na região do Médio Rio das Contas iniciou-se a exploração da polpa de cacau com fins comerciais e, por exigência do mercado comprador, ampliou-se a produção de polpas de outras frutas, daí emergindo um parque agroindustrial que cresceu bastante e atualmente se encontra consolidado. A diversificação de fruteiras contribuiu para otimizar a capacidade instalada da agroindústria. Por exemplo, a graviola tem o seu período de máxima produção no período de dezembro a março, exatamente quando o cacaueiro reduz sua produção.

Com base no respaldo proporcionado por um mercado comprador de frutas, a Ceplac e o Consórcio dos Municípios do Vale do Rio das Contas – associação de 15 prefeituras – tomaram a iniciativa de implantar um pólo de desenvolvimento com o objetivo de superar a crise da economia regional e proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população.

Com o crescimento da iniciativa, novos atores foram incorporados ao projeto, a exemplo do Governo da Bahia, através das secretarias estaduais da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária e Indústria, Comércio e Mineração e Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), Sebrae, Senar e a Associação dos Produtores de Fruta (Aprofruta). A partir daí, foram propiciadas as condições para a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre as partes resultando na criação do Agropolo do Vale do Rio das Contas.

Os municípios que o integram são os seguintes: Aiquara, Apuarema, Barra do Rocha, Dário Meira, Gongogi, Ibirapitanga, Ibirataia, Itaji, Itajibá, Itamari, Ipiaú, Jequié. Jitaúna, Nova Ibiá e Ubatã.

Ascom – Armênio

Fonte: Assessoria de Comunicação da Ceplac