Ceplac integra consórcio que decodificou genoma do cacau

A Ceplac, através do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), integra o consórcio internacional liderado pelo Centro de Cooperação de Pesquisas Agronômicas para o Desenvolvimento (Cirad), na França, que decodificou o genoma do cacau da variedade Crioulo. A variedade Crioulo foi coletada em Belize, na América Central, região onde o cacau era cultivado há dois mil anos pelos Maias.

A participação da Ceplac/Cepec no Consórcio Internacional de Seqüenciamento do Genoma do Cacau, coordenado pelo Cirad, é mais uma parceria através dos pesquisadores Didier Clement (Cirad/Ceplac) e Karina Peres Gramacho (Ceplac/Cepec). A obtenção de variedades resistentes a doenças é prioridade do programa de pesquisas do Cepec. Dentro desta linha vem desenvolvendo pesquisas de mapeamento genético pelos pesquisadores das seções de Genética e Fitopatologia, com vários cruzamentos, para identificar os genes de resistências às diversas doenças e outros caracteres de interesse como qualidade e produtividade.

Outro programa que Ceplac/Cepec vem desenvolvendo é a comparação entre plantas sadias e plantas doentes visando identificar os genes que estão envolvidos na expressão das doenças. Este estudo conta também com a parceira da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) através da pesquisadora do Cirad/Uesc Fabienne Micheli e colaboradores. Ambos os estudos são beneficiados pelo seqüenciamento do genoma do cacau.

O seqüenciamento do genoma cacau foi anunciado na quinta-feira, 15, pelo Cirad, em sua página na Internet, destacando que pequenos fragmentos do DNA foram analisados por meio de diferentes tecnologias de seqüenciamento (Ilumina, 454 e seqüenciamento Sanger) para ter uma cobertura múltipla do genoma. “Os dados brutos foram montados usando computadores poderosos para reconstruir a maior parte da seqüência do genoma do cacau. Finalmente, os biólogos analisaram esta seqüência em detalhe, identificando genes importantes e a estrutura e a evolução do genoma, análise já submetida à publicação em uma revista internacional”, diz a nota.

A Organização do Consórcio Internacional de Seqüenciamento do Genoma do Cacau (ICGs) é composto por cientistas de 20 diferentes instituições de seis países – Estados Unidos, França, Costa do Marfim, Brasil, Venezuela e Trinidad e Tobago. O trabalho foi financiado por várias instituições públicas e privadas na França (Cirad, Agropilis Fundation, Valrhona, Laguedoc Roussillon, ANR), mas também nos países participantes, sendo que no Brasil, através da Ceplac, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Ascom-Rezende

Fonte: Jornalista ACS/Ceplac/Sueba/Luiz Conceição

Assessoria de Comunicação da Ceplac