Ceplac defende a heveicultura como política pública inclusiva
A inclusão de um programa de cultivo de seringueiras por agricultores familiares com crédito facilitado, assistência técnica e extensão rural nas políticas públicas do Governo Federal de combate à miséria foi defendida ontem, 15, pelo pesquisador da Ceplac e chefe do Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec) Adonias de Castro Virgens Filho. Ele participou da 19ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural na Sala de Reuniões do CNPA, andar térreo do Ed. Sede do MAPA, em Brasília, DF.
O representante da Ceplac argumentou que o cultivo da borracha natural é uma atividade que pode assegurar renda às famílias de agricultores se tiverem acesso a programas de crédito específicos para o setor e assistência técnica de instituições oficiais. “O caminho da autosuficiência do País passa, efetivamente, por políticas inclusivas. Por isso, a Ceplac defende a revisão de políticas públicas destinadas às famílias de baixa renda com base em estudo abrangendo os seis estados onde atua”, disse Adonias de Castro Filho.
Na reunião, o secretário da CGAC/SE/MAPA, Paulo Máarcio Mendonça Araújo, apresentou a Agenda Estratégica da Borracha 2011-2015 que contemplará ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, assistência técnica – capacitação, difusão e extensão –, defesa agrícola, marketing e promoção e gestão de qualidade. Ainda, crédito e seguro, governança da cadeia, legislação e modernização do parque de benefício. Outros temas envolveram o Projeto do Fundo Amazônico e “Minor Crops”.
Segundo Adonias de Castro Filho, o Brasil precisa cultivar 880 mil hectares de seringueiras até 2030 para atingir autosuficiência na produção de borracha natural e suprir as indústrias de beneficiamento e de produção de pneumáticos. “A heveicultura tem que ser entendida como elemento de desenvolvimento territorial. Não podemos permitir que o Tesouro Nacional tenha perdas anuais de US$ 1 bilhão com a importação de borracha. Também não podemos perder plantas industriais para outros países produtores, daí a necessidade de fortalecimento da cadeia produtiva da borracha natural”, reforçou Marcello Tournillon Ramos, presidente da Câmara.
Fonte: Luiz Conceição/ACS/Ceplac/Brasília, DF.
Assessoria de Comunicação da Ceplac
Ascom-Rezende