CEPLAC – Ações desenvolvidas na área ambiental para deputados capixabas
Os resultados das ações desenvolvidas para a recuperação da lavoura cacaueira da Bahia. Este foi o tema central da palestra apresentada pelo coordenador da Comissão Técnica de Garantia Ambiental da Bahia, (CTGA/BA), Antônio Fernando Ribeiro Silva, para a Comissão de Agricultura na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.
A reunião foi promovida pela gerencia regional da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e ocorreu na terça-feira (07). No encontro a presença maciça de todos os membros que compõe a Comissão de Acompanhamento do Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira para o Espírito Santo mostrando o prestigio da Ceplac/ES e o interesse do grupo em buscar soluções para a cacauicultura capixaba.
O palestrante Antônio Fernando Ribeiro Silva é engenheiro agrônomo, com mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, especialista em associativismo e cooperativismo e coordenador do grupo de trabalho que criou a CTGA e a Política Ambiental da Ceplac, na Bahia.
Em sua palestra, ele fez uma análise sobre projetos de manejo e sombreamento do cacaueiro, demonstrando o que de concreto já vem sendo feito neste sentido. Segundo Fernando, a cultura do cacau é tratada no estado da Bahia, dentro da legislação de uma forma ecologicamente correta.
“O cacau é credor de um ativo ambiental quando se considera os bens e serviços ambientais que existe nas áreas de cabruca (plantio do cacau sob mata raleada), desde que seu manejo não promova efeitos adversos ao ecossistema em que está instalada” disse ele, queaproveitou a oportunidade para fazer um paralelo e analisar as dificuldades enfrentadas pelos cacauicultores capixabas e da Bahia.
Silva chamou a atenção sobre a importância de se observar a realidade do produtor de cacau cabruca, que muito embora inserido no bioma mata atlântica, mas a cabruca é reconhecida como área cultivada, promotora da Conservação Produtiva, sendo distinguida pela lei da mata atlântica, que trata de espécies florestais em diferentes estádios de sucessão, acrescentando que a legislação ambiental baiana garantiu poderes à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), para orientar o manejo do cacau cabruca.
Relatou o histórico da constituição da CTGA da CEPLAC na Bahia, conforme prevista na lei (10.431), que além de fazer autocontrole ambiental nas interações da Ceplac com o meio ambiente, ainda orientará os agricultores assistidos pelo seu Centro de Extensão em sua área de ação a regularizarem ambientalmente seus imóveis conforme a legislação ambiental determina.
O coordenador apresentou também um caso conhecido como projeto Barro Preto, onde um grupo de pesquisadores e técnicos fez um plano de manejo do sombreamento de topo do cacaueiro, reduzindo o adensamento para aumentar a produtividade do cacau e a riqueza de espécies silvestres na cabruca, através do replantio 3 novas árvores de diferentes espécies silvestres para cada árvore suprimida, fazendo elevar também o coeficiente de mistura da área trabalhada.
Entre as principais ações desenvolvidas na Bahia está a realização de treinamentos – junto com o Instituto Ambiental da Bahia – para técnicos e produtores rurais – sobre a Averbação de Área Legal e gestão ambiental das propriedades rurais além de cursos de Geoprocessamento para técnicos, e de empreendedorismo rural para filhos de agricultores familiares.
O coordenador ainda acrescentou que no projeto Barro Preto o agricultor investiu na certificação do cacau produzido naquelas áreas regularizadas, vislumbrando agregação de valor ao seu produto ante a possibilidade de comercializar o cacau com certificação, para obter preço diferenciado no mercado.
Ao final, o gerente regional da Ceplac/ES, Paulo Roberto Siqueira, agradeceu a presença de todos e enalteceu a importância destes intercâmbios para o surgimento de boas ideias que possam ser implantadas nas lavouras de cacau capixaba. “Boas propostas devem ser copiadas basta adequar a nossa realidade”, disse ele.
Já o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Atayde Armani disse que a legislação capixaba precisa avançar para garantir a recuperação da lavoura cacaueira e a preservação da Mata Atlântica. “Estamos desenvolvendo um trabalho junto à Assembleia e aos demais deputados que compõem a Comissão de Agricultura buscando soluções para que a lavoura de cacau volte a produzir e seja tolerante à vassoura de bruxa. Precisamos que o agricultor fique no campo e também preserve a Mata Atlântica às margens do Rio Doce”, finalizou.
Fonte: Ceplac Regional/ES/ Assessoria de Comunicação da Ceplac
Jornalista responsável – Inácio Mazzanti
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