BRASIL QUER MELHORAR IMAGEM DO CAFÉ NACIONAL

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, mas entidades do setor afirmam que o produto carece de glamour. O País vai tentar mudar o status do café brasileiro durante a maior vitrine do grão no mundo, a Feira de Cafés Especiais, que ocorrerá em Houston, Estados Unidos, na semana que vem.

Depois de anos de disputas internas para acessar o mercado internacional individualmente, finalmente, os produtores domésticos de diferentes regiões se deram conta de que, com atenção à qualidade e um trabalho conjunto, poderão entrar com mais força em um segmento especial – que cresce dez vezes mais do que a média do mercado. E, claro, com maior retorno para o cafeicultor.

Após uma década, o Brasil volta a ser tema do evento e o slogan preparado para a feira conta com a estratégia de apresentar uma nova identidade no exterior: “Um país, vários sabores”. O que se quer é enfatizar que o grão doméstico é confiável onde quer que seja plantado e que, como conta com várias regiões produtoras, tem a capacidade de oferecer um cardápio variado para atender, literalmente, ao gosto do freguês. Apesar de o produto doméstico ser o mais comprado do mundo, dificilmente se vê nas famosas redes a identificação “café do Brasil”.

“Nosso produto foi sempre muito mais atrelado à quantidade do que à qualidade”, explica a diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), Vanusia Nogueira. Segundo ela, a história agora mudou, não só porque uma nova geração está à frente dos negócios, mas também porque a expectativa é a de que o segmento de cafés especiais crescerá de 10% a 15% ao ano, bem mais que a expansão prevista de 1% a 2% ao ano do grão comum.

Ascom – Armênio

Fonte: Bahia Econômica