Brasil quer exportar mais frutas aos árabes

Estudo realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) e empresas participantes do instituto definiu os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita como mercados-alvo para a exportação de frutas brasileiras e seus derivados, como polpas e sucos.

O estudo levou cerca de quatro meses para ser concluído e envolveu o levantamento de dados de 40 países para os quais o Brasil já vende ou tem intenção de comercializar suas frutas.

De acordo com Valeska de Oliveira, gerente-executiva do Ibraf, a escolha dos dois países árabes deveu-se a um conjunção de fatores, como eles não terem suas importações de frutas concentradas em apenas um fornecedor, a ausência de consumo de bebidas alcoólicas nestes países, além da boa imagem do Brasil.

Segundo Valeska, o fato de o Brasil ser bem visto pelos árabes facilita a aceitação dos produtos. “Fazer negócios com amigos também abre portas”, diz. Atualmente, a participação brasileira nas importações de frutas do Oriente Médio é muito pequena, chega, no máximo, a 0,75%, como no caso da venda de frutas frescas aos Emirados Árabes.

Ela conta que serão organizadas participações em feiras nestes países e degustações de frutas nos supermercados locais, para mostrar a origem brasileira das frutas. Serão feitas também rodadas de negócios no Brasil nas quais serão convidados potenciais compradores, além de formadores de opinião.

“As ações servirão para tornar o Brasil conhecido nestes mercados como potenciais supridores de frutas frescas e processadas”, destaca Valeska. Ela diz que ainda é cedo para definir uma meta de crescimento das exportações para estes países e que isto dependerá da aceitação dos produtos naquelas localidades. “O que a gente quer é aumentar a participação brasileira neste mercado”.

Valeska relata que o Oriente Médio ainda é um mercado pouco explorado pelo setor de frutas, apesar de não oferecer grandes barreiras sanitárias e exigir as certificações tradicionalmente já pedidas pelo mercado internacional.

No entanto, ela considera a logística como um desafio para o aumento das exportações brasileiras para a região, já que o frete (por via marítima ou aérea), por exemplo, costuma ser muito caro. “É preciso haver uma intenção de exportar que envolva outros elementos da cadeia”, diz, ressaltando que os esforços para aumentar a participação brasileira nestes mercados precisam envolver as empresas de transporte e outros participantes, além dos produtores.

“O custo Brasil [impostos, fretes, taxas, etc.] precisa ser diminuído para que o país possa ser competitivo no mercado internacional”, completa.

Os outros países que também serão alvo de ações para aumento das exportações de frutas brasileiras são Estados Unidos, Canadá, Espanha, China, Inglaterra, Angola, Rússia, África do Sul, Alemanha, França, Hong Kong e Chile.

Ascom-Rezende

Fonte: SEAGRI/Agência de Notícias Brasil-Árabe
Aurea Santos – Jornalista