As cobras nas plantações de cacau preocupam os produtores
De acordo a Lei de crimes ambientais é proibido matar as cobras.
As lavouras de cacau da região sul da Bahia, vêm se recuperando da crise da vassoura-de-bruxa, mas uma grande preocupação dos cacauicultores também é com os ratos, pois estes têm causado grandes prejuízos ao se alimentarem dos frutos.
Os ratos representam um grave problema para a saúde pública, pois participam de uma cadeia epidemiológica com capacidade para a transmissão de cerca de 200 doenças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas o que alguns produtores desconhecem é a existência de um predador natural dos ratos: as cobras. Elas se alimentam também de roedores, a grande dificuldade então é saber como diferenciar a venenosa de uma não venenosa, para que estas possam servir de aliadas contra a infestação dos ratos.
O produtor José Carlos Assis, contou que já teve prejuízos por causa dos ratos: “Em 2008, 1/3 da minha produção foi perdida por ratos que danificaram os frutos”. Combater os ratos e estar seguro diante das cobras é a busca de boa parte dos produtores.
O mais indicado é aderir a soluções naturais no combate aos ratos, uma vez que o uso de raticidas na lavoura não é recomendado. O professor e pesquisador Antônio Argolo destaca a importância das cobras nas lavouras de cacau: “Os produtores têm que entender que as cobras venenosas e não venenosas podem ser grandes aliadas no combate aos ratos que danificam os frutos e, portanto não devem matá-las”.
É importante assumir medidas de prevenção de acidentes e seguranças nas lavouras, como o uso de botas, luvas de borracha e chapéus evitando assim 70% dos acidentes com cobras. “É importante evitar manipular as serpentes, colocar a mão em buracos de tatu e todas as vezes que for remover algum material nas lavouras usar luvas”, afirmou Argolo.
Deste modo os cacauicultores estarão protegidos das serpentes sem precisar matá-las. Vale destacar que de acordo a Lei de crimes ambientais nº 9.605/98 é proibido matar as cobras. E as penalidades variam de detenção de seis meses a um ano e multas.
Assista esta reportagem na íntegra através do link:
http://www.mercadodocacau.com.br/index.php?menu=videos&id=91&tipo=3
Ascom-Rezende
Fonte: Mercado do Cacau