ARARAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO SE REPRODUZEM EM CATIVEIRO NO CEARÁ

O Criadouro Comercial e Mantenedor de Fauna Silvestre Fazenda Haras Claro comunicou ao Ibama o nascimento em cativeiro de dois exemplares fêmeas da espécie Anodorhynchus hyacinthinus (Arara azul) nos dias 16/12/09 e 19/12/09 que já encontram–se marcadas com anilhas fechadas. Seus pais encontram-se alojados em recintos próprios e sob licença para Manutenção em cativeiro. Os filhotes encontram-se atualmente na maternidade do criadouro.

A arara-azul, é uma espécie rara  pois  constam na lista brasileira de animais ameaçados de extinção e também no anexo I da Cites – Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas de Extinção.

O trabalho experimental em cativeiro tem o intuito de colaborar com informações adicionais que venham auxiliar no estudo do comportamento das araras-azuis no ambiente natural, visto que a obtenção de dados comportamentais na natureza é de difícil acesso.

A arara azul grande se destaca pela sua beleza e por ser o maior dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas, etc) existentes.

As araras-azuis nascem frágeis e somente com três meses de vida se aventuram em seus primeiros vôos. Apenas com sete anos de idade a arara azul começará sua própria família. Em média, a fêmea terá dois filhotes e passará a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos que têm o tamanho de um ovo de galinha. O macho se responsabilizará por alimentá-la.

Destas aves só podem ser comercializados os espécimes obtidos de segunda geração em cativeiro, ou seja, os netos das matrizes. São uns dos animais mais ameaçados pelo tráfico, em virtude da sua beleza e seu alto valor de mercado. Na natureza, além do tráfico, esses animais sofrem com a redução dos seu habitats, através do desmatamento que acaba com a sua principal fonte de alimentação que são os cocos das palmeiras macaúbas, Acrocomia aculeata e acuri, Athalea phalerata, que representam 80% da sua alimentação. São animais que vivem em bandos e que na época de procriação formam casais para o resto da vida.

Ascom – Armênio

Fonte: IBAMA/Mariangela Bampi