Adab identifica focos de ferrugem asiática da soja no cerrado baiano

Os três primeiros focos de Ferrugem Asiática da Soja (FAS) na Bahia, na safra 2010/2011, foram confirmados pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) nas duas primeiras semanas de janeiro, nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

A safra é de 1.060.000 hectares plantados com a oleaginosa no cerrado baiano, comprevisão de colher 3,18 milhões ton.

De acordo com o coordenador do Programa Estratégico de Manejo da FAS, na Adab, Nailton Almeida, a confirmação dos casos não deve causar desespero aos sojicultores.

“Mas o controle seja adequado, sem mais prejuízos à produção”.

Ele alerta para a necessidade de os casos suspeitos serem informados à Adab ou a órgãos e entidades do oeste do Estado envolvidos no programa, criado em 2003.

Prejuízos Através do programa, os produtores podem acompanhar os casos confirmados e localizálos pela internet, sabendo quando os focos estão próximos às suas fazendas. “O monitoramento deve ser diário, pois quanto mais rapidamente identificados, mais fácil seu controle”, diz.

O fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem da soja, se espalha como vento e o ambiente úmido, por causa das chuvas, favorece seu desenvolvimento. A doença ataca a parte inferior das folhas da planta, dificultando sua identificação.

O reflexo da doença na produtividade depende do estágio da planta, sendo na etapa da floração o maior prejuízo.

“Se as folhas estiverem doentes a produção e enchimento dos grãos é afetada”, afirma.

A ferrugem foi detectada pela primeira vez na Bahia na safra 2002/2003. Na safra anterior, sua existência foi confirmada em áreas do Paraná, próximas à fronteira com o Paraguai.A estimativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Soja, é que o prejuízo dos sojicultores brasileiros com a doença, de 2001 a 2010, está em torno de U$ 11 bilhões.

O pesquisador da Embrapa, Rafael Soares, ressalta que as perdas extrapolam a redução de produtividade, que pode ir de 10% a 90% da lavoura. “Sezo considera também o custo dos produtos e das operações de aplicação dos fungicidas, bem como as perdas de arrecadação em função da quebra de produtividade”, diz.

Ascom-Rezende

Fonte: SEAGRI – MIRIAM HERMES Barreiras