Adab abate animais para prevenir mal da vaca louca

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) acompanhou na quinta-feira passada, em Feira de Santana, o abate inspecionado do primeiro lote de seis animais que comeram ração com proteína de base animal, da popularmente conhecida “cama de frango”.

A medida preventiva, orientada pela legislação do Ministério da Agricultura e organismos internacionais, visa evitar a transmissão de doenças a outros animais, além de zelar pela segurança alimentar da população.

Outros dois lotes de animais aguardam o resultado de uma contra-prova para detectar a presença da proteína animal. Em caso positivo, a Adab realizará o mesmo procedimento de abate.

Com base na Portaria Estadual nº 441/2008, a Bahia proíbe a utilização da cama de frango, salientou o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Rui Leal, que, junto com o médico veterinário José Neder, esteve presente no frigorífico Frifeira, garantindo a eficácia da ação em todas as etapas do abate.

Análise – Médicos veterinários da Adab continuam em campo, coletando amostras de alimentos para análise, a fim de verificar a utilização da cama de frango na ração animal, com especial atenção nos períodos secos do ano.

Doença afeta a saúde pública

A prática se dá pela utilização de dejetos, penas e resíduos de ração acumulados nos pisos das granjas para alimentar o gado. Apesar de ser uma opção mais barata, a complementação alimentar dos bovinos com produtos e subprodutos cuja composição contenha proteína ou gordura de origem animal, pode transmitir a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mais conhecida como “mal da vaca louca”, doença de importância econômica que afeta a saúde pública.

Para evitar que esse problema que ocorre em outros países chegue à Bahia, a Adab vem realizando um intenso trabalho de fiscalização nas propriedades e campanhas de esclarecimento aos produtores. Também foi proibida a importação de animais vindos de países com registro da EEB.

Ascom-Rezende

Fonte: Diário Oficial do Estado da Bahia